Joaquim Madeira, Procurador-geral da República de Moçambique, mostrou hoje a sua convicção em relação à existência de tráfico de menores - que poderá envolver uma rede com pessoas a operar fora do país -, em entrevista ao Diário de Notícias.
O Governador de Nampula, Abdul Razak, admite, por seu lado, ter havido “ligeireza nas investigações iniciais” e que é necessário apurar se existe crime organizado envolvido. As autoridades locais dizem-se sem meios adequados para este tipo de investigação.
Se admite o tráfico de menores, que “não se faz de Moçambique para Moçambique”, já no que diz respeito ao tráfico de órgãos o procurador prefere falar em “mutilações usadas pela feitiçaria”, afastando a hipótese de as vítimas terem sido mortas e mutiladas com vista ao tráfico internacional de órgãos, como foi várias vezes apontado nas denúncias de Elilda dos Santos. “O tráfico será uma situação posterior”, garante.
Por haver indícios de que se trata de uma questão internacional, Joaquim Miranda admite pedir ajuda no exterior, nomeadamente à Interpol e às autoridades sul-africanas.
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