A Organização das Nações Unidas (ONU) vai exigir que o governo brasileiro dê protecção à missionária Maria Elilda dos Santos, que está na origem das denúncias a uma rede de tráfico de órgãos crianças em Nampula, Moçambique.
Maria Elilda tem vindo a receber ameaças de morte e já deixou o mosteiro onde vivia para se esconder em casas de amigos. A brasileira acusa ainda a embaixada do Brasil de a estar a pressionar para deixar Moçambique.
"A única protecção que tenho é a de Deus", afirmou a missionária.
O relator da ONU contra a prostituição e venda de crianças, Juan Miguel Petit, quer que o Brasil tome medidas concretas para evitar que a missionária seja assassinada, como ocorreu com outra brasileira, Doraci Edinger. Para o relator, Maria Elilda é “fonte fundamental” para informações sobre como actua a máfia do tráfico de órgãos não apenas na África, mas também na América do Sul e na Europa.
Petit ainda enviou uma carta ao governo de Maputo pedindo esclarecimentos sobre o que está a acontecer no país.
