Vaticano

Os ciganos usam a linguagem do coração

Luís Filipe Santos
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29º Encontro do Comité Católico Internacional para Ciganos, realizado em Bardejov, Eslováquia, de 12 a 14 de Março.

“É necessário que a comunicação entre ciganos e não ciganos (gadjé) ultrapasse as respectivas línguas e chegue às formas de pensar e sentir de cada um dos grupos culturais” – referiram os participantes do 29º Encontro do Comité Católico Internacional para Ciganos, realizado em Bardejov, Eslováquia, de 12 a 14 de Março. Subordinado ao tema “A comunicação entre ciganos e não ciganos”, este encontro congregou cerca de 120 participantes, de 20 países, e teve a participação do Cardeal Stephen Fumio Hamao, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. Nesta actividade constatou-se que os ciganos “usam a linguagem do coração” e “vivem para o momento presente” enquanto para os gadjé, “a linguagem desempenha uma função mais cerebral” – disse à Agência ECCLESIA Francisco Monteiro, da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, um dos três participantes portugueses. Os presentes sublinharam também que as “pastorais dos ciganos estão na Igreja” e por isso “não deverá haver diferença entre ciganos e não ciganos a nível pastoral na Igreja”. E acentua: nalguns locais, as liturgias são animadas por ciganos”. A importância de “dar responsabilidade aos ciganos na Igreja” foi outro ponto frisado por estes agentes da Pastoral.


Pastoral dos Ciganos