Vaticano

Os norte-americanos podem voltar a confiar nos padres católicos

Octávio Carmo
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Foi uma mensagem de esperança e de confiança no futuro a que o presidente da Conferência de Bispos Católicos dos EUA (USCCB) deixou há poucos minutos, durante a apresentação do “relatório Gavin”, uma série de auditorias pormenorizadas a 191 das 195 dioceses e eparquias dos EUA para avaliar como têm aplicado a nova política de “tolerância zero” aos casos de pedofilia. O bispo Wilton Gregory deixou claro, em conferência de imprensa, que os norte-americanos podem voltar a confiar nos padres católicos. “Os padres que estão a servir a Igreja são membros fiéis e de confiança do clero. Fizemos todos os possíveis para remover cada clérigo culpado ou acusado de abuso sexual, pelo que as pessoas que estão hoje à frente das comunidades são homens com integridade, aliás, foi para isso que assumimos as acções tão fortes que assumimos”; explicou D. Gregory. “Temos tido todo o cuidado em assegurar a boa reputação da Igreja e daqueles que a servem, não tolerando nenhuma suspeita sobre elas”, acrescentou. A referência deste trabalho foi a implementação no terreno da “Carta para a protecção de crianças e adolescentes”, um texto com 17 regras assumido pela USCCB em Junho de 2002. Comentando o relatório, D. Gregory assegurou que este “torna a Carta mais clara, ajuda a evitar potenciais situações de abuso e chega a assuntos que não tivemos oportunidade de abordar em 2002”. O presidente da USCCB esteve acompanhado por Kathleen McChesney, directora executiva do Secretariado da USCCB para a protecção de crianças e adolescentes. O relatório reconhece que “um progresso significativo foi feito” desde Junho de 2002 e que algumas dioceses e eparquias surpreenderam os auditores ao implementarem “por completo” a Carta de Dallas, “tornando-se modelos para o resto da Igreja nos EUA”. • Report on the Implementation of the Charter for the Protection of Children and Young People


Abusos de menores