Bento XVI apresentou este Domingo um texto inédito de João Paulo II, durante a sua visita à paróquia romana de Deus Pai Misericordioso, que o próprio Karol Wojtyla criou, no ano 2000, como forma de perpetuar a memória do Grande Jubileu.
O Papa pronunciou as palavras preparadas por João Paulo II para o Angelus do Domingo 3 de Abril do ano passado, o dia seguinte à sua morte. Uma espécie de testamento a não esquecer, segundo o Papa Ratzinger, que fez questão de o citar textualmente.
“À humanidade, que por vezes parece extraviada e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece o dom do seu amor que perdoa, reconcilia e abre o espírito à esperança. É o amor que converte os corações e que dá a paz”, escrevera João Paulo II.
Na homilia, Bento XVI sublinhou o amor misericordioso de Deus, a que se referiam as leituras litúrgicas. “Deus ama-nos, poderíamos dizer, de um modo obstinado e envolve-nos com a sua inexaurível ternura”, observou o Papa.
“Os desígnios de Deus, mesmo quando passam através da provação e do castigo, visam sempre um resultado de misericórdia e de perdão”, acrescentou.
