Bento XVI encerrou, há momentos, a vigília mariana com que a Diocese de Roma assinalou o primeiro aniversário da morte de João Paulo II, destacando a coragem do Papa polaco, “um grande Pontífice”, perante o sofrimento.
Recordando a “fidelidade a Deus e a dedicação, sem reservas, à missão de Pastor da Igreja universal” do seu predecessor, Bento XVI assegurou que essa dedicação foi “mais convincente e comovente nos últimos meses” de vida do Papa Wojtyla.
João Paulo II escreveu que o sofrimento está presente no mundo para fazer nascer amor e, segundo o actual Papa, “a sua doença tornou-nos mais atentos à dor humana, dando dignidade e valor ao sofrimento”.
“O homem não vale pela sua eficiência, mas por si mesmo, porque criado e amado por Deus”, referiu.
O Papa teve várias palavras especialmente dedicadas aos jovens, interlocutores privilegiados de Karol Wojtyla. “Já passou um ano desde a morte do Servo de Deus João Paulo II, acontecida a esta hora, mas a sua memória continua viva, como testemunham as várias manifestações programadas em todo o mundo. Ele continua presente na nossa mente e nos nossos corações, comunicando o seu amor por Deus e os homens; continua a suscitar em todos, particularmente nos jovens, o entusiasmo de servir o bem”, afirmou.
Para o Papa, “João Paulo II não parou de indicar ao mundo que, se o homem se deixar abraçar por Cristo, não lhe faltará nada, pelo contrário, o encontro com Cristo torna a nossa vida mais apaixonante”
Falando do “Papa peregrino”, Bento XVI frisou que “o nosso amado Papa conseguiu fazer-se companheiro de viagem de cada um de nós e falar com autoridade, mesmo aos que estão longe da fé cristã”.
“Somos convidados a acolher novamente a herança espiritual que ele nos deixou, vivendo em busca da verdade”, apontou, antes de repetir uma ideia emblemática do pontificado do Papa polaco: “Não tenhamos medo de seguir Cristo”.
“João Paulo II nos ajude, do Céu, a seguir o nosso caminho como dóceis discípulos de Jesus, como sentinelas da manhã neste início do terceiro milénio cristão”, concluiu o Papa.
A celebração desta noite foi seguida em directo, via vídeo, pelos fiéis da Polónia, a quem Bento XVI ofereceu uma saudação especial.