Papa explicou viagem aos jornalistas Octávio Carmo 09 de Maio de 2007, às 13:20 ... Bento XVI explicou hoje os objectivos da sua visita ao Brasil, manifestando uma grande alegria por poder deslocar-se ao "continente da esperança", como lhe chamava João Paulo II, para "anunciar a beleza de ser cristão". O Papa falava aos jornalistas presentes no Boeing 777 da Alitalia, que partiu esta manhã de Roma pelas 09h08 (menos uma em Lisboa). A chegada a São Paulo está marcada para as 16h30 (20h30 em Lisboa). Da Canonização de Frei Galvão, "homem de reconciliação e de paz", Bento XVI passou para o compromisso da Igreja contra a violência, por causa da fé num Deus de "reconciliação", que não é violento e ajuda os outros a não serem violentos. Em relação à teologia da libertação, Bento XVI lembrou que "hoje a situação mudou profundamente e a Igreja está fortemente empenhada na justiça, mas opera um discernimento, ao mesmo tempo, para evitar falsos milenarismos que pensam poder realizar a revolução num sistema social perfeito". O Papa falou ainda de Oscar Romero, Arcebispo de São Salvador assassinado em 1980, que classificou como "grande testemunha da fé", pedindo que a sua figura seja libertada de todos aqueles que "dela se tentaram apropriar por motivos polÃticos". A principal finalidade da viagem, assinalou o Papa, é a abertura dos trabalhos da V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, pelo que esta visita tem um carácter predominantemente "religioso". A difusão das seitas é, para Bento XVI, um sinal de que as pessoas têm "sede de Deus" e a Igreja deve responder a esta exigência num plano muito concreto, "ajudando as pessoas a encontrarem condições de vida justas". A missão eclesial, acrescentou, não deixa de "procurar soluções para os grandes problemas sociais da América Latina", apesar de a Igreja não "fazer polÃtica, mas respeitar a lacidade". Bento XVI falou, a este respeito, da recente legalização do aborto no Estado da Cidade do México e da reacção dos Bispos locais: "A morte de uma criança é incompatÃvel com o alimentar-se do corpo de Cristo. Os Bispos não fizeram nada de arbtirário e apenas destacaram aquilo que está previsto no direito da Igreja". O Papa lembrou que a Igreja anuncia "o Evangelho da Vida" e exige coerência aos cristãos, neste campo. O director da sala de imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, desmentiu, posteriormente, que o Papa tenha falado em "excomungar" os polÃticos que apoiam a legalização do aborto. "A acção legislativa favorável ao aborto não é compatÃvel com a participação na Eucaristia", referiu, mas precisou que são as pessoas que legislam em favor do aborto quem "se autoexclui da comunhão". Bento XVI Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...