Vaticano

Papa: Síria e promoção da paz marcaram encontro entre Francisco e o rei Abdullah II, da Jordânia

Agência Ecclesia
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Audiência esta manhã afirmou que «diálogo é única via para pôr fim ao conflito»

Cidade do Vaticano, 29 ago 2013 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje os reis da Jordânia, Abdullah II e Raina, num encontro onde foi sublinhado a importância da paz na Síria e a via do diálogo como “a única opção” para pôr fim ao conflito.

No encontro “cordial” foi reafirmado que “a via do diálogo e da negociação entre todos os intervenientes na sociedade síria, com o apoio da comunidade internacional, é a única opção para pôr fim ao conflito e à violência que todos os dias causam a perda de vidas humanas, sobretudo entre a população indefesa”, afirma um comunicado da Sala de imprensa da Santa Sé.

O Papa Francisco e o rei Abdullah abordaram temas “de interesse comum”, em especial a promoção da paz e a estabilidade no Médio Oriente, com particular referência à retoma das negociações entre israelitas e palestinianos e a situação de Jerusalém.

Francisco agradeceu os esforços do rei da Jordânia no campo do diálogo inter-religioso e a iniciativa de convocar, em Amã, capital daquele país, no início de setembro, uma conferência sobre os desafios que os cristãos no Médio Oriente devem enfrentar, em particular num período de mudanças sociais e políticas.

No encontro foi ainda sublinhado o contributo “positivo” que a comunidade cristã oferece à sociedade na região, da qual são “parte integrante”.

Após o encontro com Francisco, os reis da Jordânia reuniram-se com o cardeal Tarciso Bertone, Secretário de Estado, acompanhado pelo secretário das relações entre os Estados, o monsenhor Dominique Mamberti.

A situação na Síria foi também tema na entrevista que o arcebispo Maoun Lahham, vigário patriarcal para a Jordânia, do Patriarcado Latino de Jerusalém, deu à Rádio Vaticano, onde o responsável condenou uma intervenção militar afirmando que os Estados Unidos da América e a Europa procuram manter os seus “interesses políticos e económicos”.

“Todos procuram os seus próprios interesses políticos e económicos. E como ninguém acredita na sua boa vontade, não queremos que esta vontade de guerra se aplique à Síria”, afirmou, apelando a uma “solução pacífica para a crise”.

 “Esperemos que os grandes cheguem à paz, em vez de fazerem a guerra, que encontrem uma solução pacífica”, afirmou D. Maoun Lahham, unindo-se à posição da Santa Sé.

RV/LS



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