Os indígenas Kankuamos continuam a ser o alvo preferido de crimes dos paramilitares colombianos. Segundo a agência Adital, nos últimos dois anos, aproximadamente 100 Kankuamos foram assassinados, a maioria às mãos dos paramilitares.
Na última década, esse número é de para 200, mas a arremetida paramilitar a essa etnia só começou há quatro anos, que sofre o estigma de “colaboradores da guerrilha” que operou muitos anos na Serra Nevada de Santa Marta, lugar conhecido por ser cativeiro de sequestrados.
O governador indígena, Jaime Arias, disse à imprensa internacional que estão em busca de uma maneira pacífica e jurídica de pôr fim ao genocídio de Kankuamos. No ano passado, o tribunal Inter-americano de Direitos Humanos impôs medidas cautelares para acabar com os homicídios, mas depois disso, segundo Arias, já ocorreram 15 casos de mortes.
A militarização da região de Serra Nevada como medida do governo para conter os assassinatos, segundo os indígenas, não trouxe tranquilidade. Da etnia de 13 mil Kankuamos, 1.000 estão deslocados de sua terra originária.
Neste ano, 60 nativos foram vítimas de mortes violentas. Calcula-se que os indígenas na Colômbia são cerca de 800 mil.