O Parlamento Europeu deixou ontem mais um sinal de querer “forçar” a legalização dos casamentos homossexuais na UE. A resolução aprovada tratava da "homofobia", convidando os Estados-Membros a agirem para que os parceiros do mesmo sexo gozem do mesmo respeito, da mesma dignidade e da mesma protecção que o resto da sociedade.
Os eurodeputados condenam tomadas de posição de líderes religiosos sobre esta matéria, que consideram “linguagem inflamatória, odiosa e ameaçadora”. O Parlamento Europeu (PE) propõe que os casais homossexuais de Estados onde a sua união é legal conservem os seus direitos “quando se mudarem para outro Estado-membro que não reconheça os casamentos entre pessoas do mesmo sexo”.
Mario Mauro, vice-presidente do PE, considera que a resolução adoptada é um “documento ideológico”, que parece soar “a um manifesto destinado à destruição de valores que originaram a UE como projecto político”.
O político critica, em especial, a ingerência das instituições europeias na vida dos Estados nacionais, “modificando a Constituição dos países, de modo a abrir as portas aos casamentos homossexuais, prescindindo da escolha dos povos”.
Mauro lamenta ainda que o documento do PE considere a noção de liberdade religiosa como “fonte de discriminação”.