O Patriarca da Igreja Católica caldeia no Iraque considera que os cristãos do país têm o dever de votar no próximo Domingo para eleger a próxima Assembleia Nacional.
“As eleições são para o bem do país, para a nossa liberdade e democracia, pelo que é dever de todos os iraquianos ir votar”, referiu à agência missionária Misna D. Emmanuel Delly.
A dois dias das eleições, às quais são chamadas 14 milhões de pessoas, o Patriarca de Bagdad relata que continuam a existir tensões “entre os que são favoráveis ao escrutínio e os que procuram anulá-lo, a qualquer custo”.
D. Emmanuel Delly espera que, apesar desta situação, “as pessoas vão votar”, mas deixa claro que não é possível, neste momento, prever se a afluência às urnas será baixa ou elevada.
“Esperemos que tudo corra pelo melhor”, são os votos que deixa.
Núncio Apostólico lamenta insegurança
O representante do Papa no Iraque considera que as eleições “não serão perfeitas e não serão como gostaríamos que fossem, em circunstâncias deste género".
O Núncio D. Frenando Filoni faz votos de que haja “uma livre e eficaz participação de todos os membros da sociedade” para eleger os 275 membros da Assembleia Nacional que vai redigir a futura Constituição do Iraque.
“Para isso, é necessário levar em consideração a insegurança, de modo a tentar iniciar um processo que seja pelo bem de todo o povo iraquiano”, acrescentou em declarações à Rádio Vaticano.
Os cristãos representam apenas 3% da população iraquiana e não têm uma força para propor grandes linhas políticas autónomas, mas segundo o Núncio, “podem dar o seu contributo em favor da paz”.