Em particular, o artigo que estabelece a lei islâmica como fonte do direito
O patriarca caldeu de Bagdade, Emmanuel III Delly, pediu aos países estrangeiros para que façam pressão no sentido de ser alterado o projecto da Constituição iraquiana, no qual se adopta a lei islâmica como fonte principal do direito.
“Não estamos muito contentes, ainda que representa um passo em frente para o país», afirma o líder da Igreja mais numerosa do país (representa 70% dos 800.000 cristãos), ao referir-se ao projecto constitucional. “Por causa de algum artigo presente no projecto aprovado teremos dificuldades” - afirmou em declarações concedidas esta quinta-feira ao Serviço Informação-Religiosa (SIR) da Conferência Episcopal Italiana.
O texto estabelece que o “islão é a religião oficial do Estado. É a fonte básica da legislação. Está proibido aprovar uma lei que contradiga as suas regras estabelecidas”.
“A nossa esperança é que as pressões das potências estrangeiras possam fazer mudar o texto” - confessa o patriarca. E conclui: “peço aos líderes das potências estrangeiras e à Santa Sé que façam pressão para emendar estes artigos, para garantir os direitos de todos”
