O Patriarca caldeu de Bagdad, Emanuele Delly, pediu mais acção e menos palavras, em reacção à Conferência sobre o Iraque, denunciando que “as condições de vida no país são terríveis”.
Segundo o líder da maior comunidade cristã no Iraque, “a população chegou a uma situação extrema”.
A Conferência sobre o Iraque, que se realizou terça-feira em Charm el-Cheikh (Egipto) - na qual participaram 20 ministros dos Negócios Estrangeiros e representantes do Iraque, países vizinhos, Egipto, ONU, UE, G8, Liga Árabe e Conferência Islâmica - sublinhou a necessidade da realização de eleições gerais no Iraque na data prevista (30 de Janeiro de 2005).
“Não conheço ainda o conteúdo do documento final, mas saúdo todos os esforços e tentativas que levem à paz, segurança e reconciliação no Iraque”, disse o prelado à agência italiana Sir.
O Patriarca escusou-se a comentar a possibilidade de as eleições se realizarem, efectivamente, a 30 de janeiro de 2005, mas avançou que “se as eleições forem para o bem do país, encorajaremos o voto”.
Neste momento, numa população de 22 milhões de habitantes, o número de cristãos no Iraque é de cerca de 750 mil. Destes, 70% fazem parte da Igreja Católica caldeia.