Vaticano

Pobreza económica e cultural afecta acção da Igreja em El Salvador

Fundação AIS
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A Ajuda à Igreja que Sofre esteve em El Salvador para se inteirar sobre a situação da Igreja Católica e da evolução dos projectos pastorais apoiados pela instituição neste país da América Latina. A última visita de uma delegação da Ajuda à Igreja que Sofre a El Salvador ocorreu em 1984. No entanto, a situação do país manteve-se praticamente inalterada, sendo ainda bastante visível a devastação causada pela guerra civil que durou entre 1980 e 1992 e que ceifou 75 mil vidas. Como em 1984, mantém-se a necessidade de promover a reconciliação entre forças políticas antagonistas. O conflito teve graves consequências, como a separação das famílias e o êxodo migratório de cerca de 2 milhões de habitantes. Nas últimas duas décadas a pobreza tem vindo a aumentar, devido, em larga medida, à queda do preço do café. O rendimento médio de uma família é actualmente de 3 euros por dia. Quase metade da população vive hoje em condições de extrema pobreza. Durante os anos da guerra civil, a Igreja teve de enfrentar uma hostilidade generalizada, que culminou com o assassinato do Arcebispo Óscar Romero. O clima anti-eclesiástico favoreceu a disseminação, nas últimas três décadas, de muitas comunidades protestantes que recebem apoio dos Estados Unidos. O principal objectivo desta viagem a El Salvador foi o de visitar os seminários e constatar o que foi possível realizar, em termos de projectos pastorais, nos últimos anos, com o apoio da instituição. Segundo os responsáveis da Ajuda à Igreja que Sofre, é claramente visível como a pobreza económica, mas também cultural, está a afectar a formação dos futuros sacerdotes em El Salvador. De um modo geral, a formação escolar é muito escassa e a opção pela vida religiosa é encarada por muitos seminaristas como uma forma de alcançar prestígio social ou satisfação material. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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