Vaticano

Polémica sobre os símbolos religiosos chega à Alemanha

Octávio Carmo
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Uma declaração do presidente alemão Johannes Rau sobre o uso do véu islâmico nas escolas públicas lançou a polémica no país, dado que Rau propôs um tratamento idêntico para símbolos muçulmanos e cristãos. Depois da recente lei da laicidade, na França, cabe agora à Alemanha enfrentar o crescimento visível da presença islâmica no seu país, fruto sobretudo da imigração turca: o incómodo que provoca a muita gente a presença do véu islâmico, que poderá provocar a sua proibição em alguns Estados, levou o presidente Rau a propor a proibição de cruzes e hábitos religiosos no meio escolar do país. O respeitado cardeal Karl Lehmann, presidente da Conferência episcopal local, reagiu manifestando dúvidas sobre se os símbolos cristãos e muçulmanos são percebidos pela população da mesma maneira. “A cruz e os hábitos não têm traços de propaganda política, enquanto o véu islâmico não é, em si, um símbolo religioso”, explicou o prelado à revista Focus, criticando o significado político atribuído a toda esta questão. Mais duro foi o ministro presidente da Baviera, que falou de “uma comparação falsa, inadmissível e inaceitável”.


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