Vaticano

Preocupação pelo futuro dos cristãos presos na Arábia Saudita

Agência Ecclesia
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A agência do Pontifício Instituto de Missões Estrangeiras (PIME) manifestou a sua preocupação pelo futuro de dois cristãos indianos retidos nas prisões da Arábia Saudita sob a acusação de “proselitismo”. Neste país é proibida a liberdade de expressão a qualquer religião que não o Islão. A polícia religiosa (muttawa) é conhecida pela sua violência, continuando a prender e torturar pessoas que professam outros credos, mesmo quando praticam apenas em privado (algo que a lei saudita, após muita pressão internacional, permite). A Muttawa prendeu um primeiro cristão indiano, que transportava uma Bíblia e uma agenda. A partir desses contactos telefónicos deteve outros sete pastores protestantes, num momento em que os grupos cristãos se reuniam para a oração. Seis destes cristãos já foram libertados, sob a condição de renunciar às práticas de fé que realizavam nos seus lares. Todo o material religioso encontrado nestas casas foi confiscado. Relativamente aos outros dois, a AsiaNews afirma que se “teme o pior”, revelando que “os cristãos presentes no reino saudita estão muito preocupados”. O director da agência missionária de notícias “AsiaNews”, Pe. Bernardo Cervellera, afirma que não existe liberdade religiosa na Arábia Saudita, e que "até há poucos anos atrás, para um cristão era proibido de rezar, inclusivamente na sua própria casa". Oito milhões de estrangeiros, quase todos cristãos; trabalham actualmente na Arábia Saudita, onde não é permitido construir lugares de culto não muçulmanos. Dos mais de 21 milhões de habitantes do país, os muçulmanos representam 93,7%.


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