Vaticano

Presidenciais tentam D. Ximenes Belo

Octávio Carmo
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O ex-administrador apostólico de Díli e prémio Nobel da Paz em 1996, D. Ximenes Belo, afirma-se "tentado" a concorrer às eleições presidenciais em Timor-Leste. "Às vezes penso nisso, é um assunto muito tentador, e eu posso correr o perigo de dividir a população timorense em pró-bispo e contra o bispo", reconheceu D. Ximenes Belo, que em 26 de Novembro de 2002 anunciou publicamente a resignação do cargo de administrador apostólico de Díli. "É uma tentação de que me tento abster. Eu já disse que tenho a convicção teológica de que todo o bispo, todo o padre deve unir as pessoas e não dividir", acrescentou em entrevista à Lusa, RTP, RDP e ao Semanário, o único jornal português que se edita em Timor-Leste. Para D. Ximenes Belo, uma corrida à presidência apenas poderá concretizar-se caso se confirmem duas condições: primeiro será necessário que "o Papa diga que sim, pois estamos com um problema de Direito Canónico" e "em segundo lugar que a maioria do povo o peçaâ€. “Então aí, pensarei para o bem do povo", justificou o prémio Nobel da Paz, reconhecendo que uma eventual candidatura presidencial lhe criaria "muitos inimigos".


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