O Bispo Luigi Locati, vigário apostólico de Isiolo (Quénia) assassinado no passado dia 14 de Julho, foi alvo de uma condecoração oficial póstuma, outorgada pelo presidente do país africano pelo seu trabalho “durante 40 anos de promoção do desenvolvimento espiritual de cristãos e muçulmanos”.
D. Luigi Locati, que perdeu a vida à beira de completar 77 anos, tivera oportunidade de encontrar-se pessoalmente com Bento XVI em 25 de Maio, poucas semanas após o início deste pontificado. Por limite de idade, o vigário apostólico de Isiolo tinha apresentado a sua renúncia ao cargo e estava à espera da nomeação do seu substituto.
Na noite de 14 de Julho, foi assassinado a tiros por desconhecidos no trajecto que separava o centro paroquial da sua residência, na localidade do noroeste do Quénia. Poucos dias depois do crime, o presidente do Quénia, Mwai Kibaki, qualificava o acontecimento como “um acto repugnante”, recordando a “devoção desinteressada e enorme” com a qual o prelado ajudara as pessoas da região setentrional.
A distinção “Estrela de prata” do Quénia, que o presidente Mwai Kibaki outorgou à memória de Dom Locati, é a quarta em ordem de importância nacional. “O compromisso do falecido bispo influiu de maneira positiva, directa ou indirectamente, na vida de muita gente em Isiolo”, lê-se no comunicado difundido pela presidência.