Vaticano

Primeira mulher croata beatificada

Paulo Rocha
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Marcou o início da 3ª viagem apostólica de João Paulo II, à Croácia. O Papa beatificou a primeira mulher croata, evocando o protagonismo que deve ser dado à mulher, na família, na sociedade e na Igreja, através da vida heróica de uma croata: a Irmã Maria Petkovic. Foi ela quem fundou a Congregação Franciscana Filhas da Misericórdia. A sua vida foi doada ao cuidado de crianças órfãs, abandonadas ou doentes. Hoje, 450 religiosas cumprem o carisma que deixou à Igreja e que, depois da Europa, chega já à América Latina. Preocupação da Fundadora, agora beatificada, era também a unidade com as Igrejas cristãs, nomeadamente a Ortodoxa, logo no início do séc. XX. E o Papa não o esqueceu. Às mulheres dos dias de hoje lembrou que podem ser, como religiosas ou mães, “geradoras da pazâ€. Mas a beatificação de Maria Petkovic foi o pretexto para outra afirmação do Papa: é necessário deixar espaço ao “génio†da mulher na sociedade e na comunidade eclesial. João Paulo II referia-se a todas as mulheres da Croácia, “nas que são esposas e mães felizes, assim como nas que estão marcadas para sempre pela dor da perda de um familiar na guerra cruel dos anos noventa ou por outras amargas desilusõesâ€. “O desenvolvimento frenético da vida moderna pode levar ao esquecimento ou mesmo perda do que é humanoâ€. Por isso, João Paulo II afirmava às cerca de 50 mil pessoas que participavam na celebração de beatificação, que, “talvez mais que em outras épocas da história, o nosso tempo tem necessidade desse ‘génio’ da mulher que assegure em toda circunstância a sensibilidade pelo ser humano". “Mulheres croatas, conscientes de vossa digníssima vocação de "esposas" e de “mãesâ€, continuem a olhar para todas as pessoas com os olhos do coração, saiam ao encontro e fiquem próximas delas com a sensibilidade própria do instinto materno!â€, pedia o Papa João Paulo II. “Vossa presença é indispensável na família, na sociedade, na comunidade eclesialâ€, assegurou.


João Paulo II