Vaticano

Professores de Religião em Espanha não admitirão que a sua disciplina não seja avaliável

ACIdigital
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A Associação Profissional de Professores de Religião em Centros Estatais (APRECCE) assegurou que não admitirá que a futura lei educativa estabeleça que a disciplina de Religião não seja avaliável nem computável para todos os efeitos académicos. Em comunicado, os professores afirmaram que não admitirão um ensino da Religião na escola pública que não a considere "como qualquer outra área fundamental do currículo, em que os conhecimentos, os procedimentos e as atitudes, sejam avaliáveis e computáveis ". No documento, aprovado na 34ª Assembleia Geral Ordinária da associação, os professores lamentam que “enquanto na vizinha França, a esquerda consegue que Parlamento aprove a necessidade de que na escola pública se leccione a história das religiões, na Espanha alguns querem voltar para experiências decimonónicas, que só conduzem à ignorância do ser humano sobre o facto ineludível da presença da religião em todas as civilizações e culturas". "Querem ignorar que o ensino da Religião hoje contribui para o conhecimento das crenças, tradições e culturas de outros, a convivência pacífica e o diálogo inter-cultural", assinalaram os representantes de quatro mil professores de Religião. Por outro lado, a associação, que aposta por um sistema que não imponha o ensino religioso a quem não o deseje, expressou a sua indignação pela proposta do Conselho Escolar do Estado de que o grupo profissional com titulação universitária que ministre o ensino da religião católica, não forme parte dos quadros. “Semelhante despropósito com certeza nunca aconteceu na história do sindicalismo”, sustentou.


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