O alarme voltou a tocar na comunidade católica do Sri Lanka, por causa da onda de violência contra a comunidade cristã que já se traduziu no incêndio de três igrejas.
Os actos violentos contra as comunidades cristãs levaram o arcebispo de Colombo, Oswald Thomas Colman Gomis, Presidente da Conferência Episcopal do país, a convocar um dia de Oração e Jejum no passado Domingo.
No país, com 1,8% de cristãos, há também grande pressão para que seja aprovada uma lei onde se proíbam as conversões religiosas, facto que é contestado pelo episcopado. Os católicos no Sri Lanka não perdem de vista, contudo, a possibilidade de restaurar um clima de respeito, diálogo, paz e serenidade nas relações com a comunidade budista.
Os budistas acusam os cristãos da morte de Gangoavla Soma, monge de 56 anos, que protagonizou várias lutas contra a conversão religiosa ao cristianismo. Soma foi morto na Rússia, em Dezembro de 2003.
Um missionário no Sri Lanka explica que “não se pode culpar todos os budistas pelos ataques repentinos às igrejas católicas, perpetrados ultimamente. Se há gurus budistas que instigam à violência, trata-se de episódios e grupos isolados, que devem ser identificados e detidos”.
A Igreja Católica no local espera que os líderes religiosos “saibam dar sinais de paz, convidando suas comunidades ao diálogo e à tolerância.”
Um missionário, contactado pela Agência Fides, do Vaticano, pediu à comunidade internacional “maior atenção”, referindo que a situação actual “deixa-nos atónitos”.