Vaticano

Raptores do arcebispo siro-católico de Mossul exigem 200 mil dólares pelo resgate

Octávio Carmo
...

O grupo que ontem raptou o arcebispo da comunidade siro-católica de Mossul, D. Basile Georges Casmoussa, exigiu esta manhã a soma de 200 mil dólares para o libertar. Os raptores utilizaram o telemóvel do prelado para entrar em contacto com o vigário-geral da diocese de Mossul, Pe. Tetrus Mosei. O arcebispo trocou algumas palavras com o Pe. Mosei, assegurando que se encontra em boas condições de saúde. A revelação do sequestro de D. Basile Georges Casmoussa nesta cidade do norte do Iraque fora feita ontem pelo director da sala de imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls. O Vaticano condenou “este ignóbil acto terrorista”, pedindo que o arcebispo seja colocada em liberdade, “incólume”, para poder regressar ao seu serviço. Navarro-Valls não adiantou qualquer pormenor sobre as circunstâncias do sequestro do prelado. D. Casmoussa, originário de Karakoche, no Iraque, tem 66 anos. A comunidade siro-católica conta com 35.000 fiéis concentrados na região de Mossul. Numa população de 22 milhões de iraquianos, os cristãos são cerca de 750 mil, 70 por cento dos quais católicos caldeus. O outro arcebispo de Mossul, D. Paulos Faraj Rahho, de rito caldeu, revelou à agência missionária Misna os contactos levados a cabo pelos sequestradores, assegurando que a diocese está a recolher o dinheiro necessário para pagar o resgate e criticando a ausência de “segurança e serenidade” na cidade.


Guerra do Iraque