Graças aos donativos recebidos, vindos de praticamente todos os continentes, a Ajuda à Igreja que Sofre pôde em 2004 prestar auxílio a cristãos oprimidos e necessitados em 137 países em todo o mundo.
Segundo dados agora divulgados na Alemanha pelo Secretariado Internacional, as receitas totais em donativos de todos os Secretariados Nacionais (Alemanha, Áustria, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos da América, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Reino Unido e Suiça) situaram-se cerca de 1% acima dos resultados verificados em 2003.
Em 2004 as receitas globais – excluindo as receitas do Secretariado Internacional – foram de cerca de 66,2 milhões de euros, enquanto que em 2003 o total de donativos foi de 65,6 milhões de euros. No entanto, as receitas do Secretariado Internacional diminuíram no mesmo período para metade (de aproximadamente 6,9 milhões de Euros para quase 3,45 milhões de Euros). Isto resultou numa redução das receitas totais, que passaram de 72,5 milhões de euros em 2003 para cerca de 69,7 milhões de euros em 2004.
O trabalho internacional da Ajuda à Igreja que Sofre foi apoiado por benfeitores num total de 17 países dadores na Europa, América do Norte e do Sul e Austrália. Assim como nos três anos anteriores, a maioria dos donativos proveio de França (cerca de 12,8 milhões de euros) e da Alemanha (cerca de 12,5 milhões de euros).
Pela primeira vez a Grã-Bretanha surge como o terceiro maior país dador com cerca de 7,3 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 30,6 % em relação a 2003. Também os Secretariados Nacionais no Chile, Irlanda e Austrália registaram um crescimento nos donativos.
Em Portugal, as receitas da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre referentes a 2004 decresceram ligeiramente (cerca de 5%) face ao ano anterior. Paulo Bernardino, presidente do Conselho de Administração, salienta que esta diminuição “é, em parte, reflexo da insegurança em relação à situação económica que se tem sentido no país nos últimos anos”.
A Organização apoiou, no ano de 2004, cerca de 5.900 projectos locais em paróquias e dioceses num total de 137 países do mundo. Para projectos na Europa Central e de Leste foram destinados 18 milhões de euros, para a América Latina 11 milhões, Ásia (incluindo o Médio Oriente) 10 milhões e, finalmente, África com 8,9 milhões de euros.
Na Europa Central e de Leste, a ajuda à Ucrânia (cerca de 4,6 milhões de euros), continuou a ser prioridade da Ajuda à Igreja que Sofre, em particular para a construção do seminário greco-católico em Lviv (Lemberg), que será inaugurado em 28 de Agosto de 2005. A Igreja Católica na Rússia conseguiu cerca de 1,2 milhões de euros em ajudas, mais 1,3 milhões a projectos inter-confessionais. A organização ajudou ainda a Igreja Ortodoxa com mais de 813.000 euros, sobretudo para a formação de padres. Significativos foram também os subsídios prestados à Croácia e à Bósnia-Herzegovina.
Em África, a maior fatia do auxílio da Ajuda à Igreja que Sofre foi canalizada para os países flagelados pela guerra, o Sudão e a República Democrática do Congo, bem como para Angola e para a Etiópia onde, após terem cessado os conflitos bélicos, reina uma grande necessidade de ajuda para a reconstrução de edifícios e estruturas religiosos.
Na América Latina, o financiamento de projectos pastorais em Cuba e no Haiti continuou a ser prioritário devido à situação política que prevalece nesses países. Na Ásia, a mesma situação se verifica na China, em Myanmar ou no Vietname.
Relativamente à ajuda concedida pela organização, a maior fatia (27%) foi aplicada em projectos de construção de seminários, conventos, igrejas e outros edifícios religiosos. Seguiu-se o apoio à formação teológica de sacerdotes, religiosos e leigos, com mais de 17%. Os estipêndios de missas, que são concedidos como contributo para a subsistência de padres necessitados, representaram 14,7% do total e o apoio a projectos de comunicação social 17,3%. Para a edição e distribuição de literatura espiritual, a Ajuda à Igreja que Sofre disponibilizou 13,2% dos meios e para a aquisição de veículos para o apoio à assistência religiosa 4,7%. A percentagem do subsídio para subsistência de religiosas foi de 3,8% do montante total doado em 2004.
Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
