Uma capela em Fondi, Itália, que durante mais de dez anos do século XIV acolheu os restos mortais “roubados” de São Tomás de Aquino, actualmente em fase final de restauro, foi aberta ao público no último fim de semana, oferecendo revelações históricas inesperadas.
No recinto sagrado, adornado com frescos do século XV, guardou-se entre 1355 e 1368 o corpo do santo italiano (canonizado em 1323), graças ao fervor de um nobre da zona, Niccolò Gaetani, conde de Fondi, localidade situada entre Roma e Nápoles.
A capela com os frescos restaurados pertenceu a um antigo hospital, mas as últimas descobertas arqueológicas induzem a pensar que anteriormente foi uma igreja beneditina ou dominicana.
O conde foi buscar as relíquias do santo a Fos-sanova, transportando-as para o seu castelo e depois para a capela, a pedido da sua mãe. «As notícias são genéricas, em parte porque se tratou de um “roubo” e, portanto, de algo muito secreto», explicou à agência Zenit a presidente do Instituto de São Tomás da Universidade “Angelicum”, em Roma.
São Tomás de Aquino, que morreu em 1274 e é conhecido como o “Doutor Angélico”, foi o teólogo cristão mais importante da Idade Média — soube conciliar a tradição cristã com os contributos do pensamento filosófico de Aristóteles.
