Na região central da Nigéria têm-se mantido os laços de união entre cristãos e muçulmanos, por entre os sinais de agravamento de tensão entre as duas comunidades que se verificam no norte do país.
O Bispo de Auchi salienta que a Igreja da Nigéria está empenhada em melhorar as relações com os muçulmanos. D. Gabriel Dunia disse que a amizade entre as duas comunidades conseguiu sobreviver até à conversão em larga escala do Islão para o Cristianismo que, segundo as leis islâmicas, é um acto punível com a morte e está muitas vezes na origem de violência e perseguição religiosa.
D. Gabriel Dunia, que nasceu numa família muçulmana mas que foi educado como católico, explicou que os muçulmanos na sua diocese têm um grande reconhecimento pelos colégios e escolas cristãs. O prelado nigeriano defende, portanto, que o diálogo inter-religioso “deve começar muito cedo”.
“Nas nossas escolas católicas aceitamos que os estudantes muçulmanos façam as suas orações em Árabe, mas também os convidamos a rezarem connosco. A religião nunca deve ser um obstáculo à amizade”, acrescentou.
Mas a situação pacífica em Auchi contrasta com o que ocorre noutras regiões da Nigéria, em especial nos distritos a norte do país, administrados de acordo com as leis islâmicas, onde se tem verificado um surto de violência tendo por alvo os cristãos.
A um ano atrás, a Ajuda à Igreja que Sofre enviou um auxílio de emergência de cerca de 150 mil Euros para o norte da Nigéria, após os relatos recebidos de representantes da Igreja local de ataques a igrejas, escolas e casas da comunidade cristã.
Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre