Vaticano

Religiões unidas para acabar com a violência na Tailândia

Fundação AIS
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Líderes cristãos, muçulmanos e budistas tailandeses estão a trabalhar em conjunto para pôr fim à onda de violência que tem alastrado pelo sul do país, desde a morte de cerca de 80 muçulmanos em Tak Bai no final de Outubro. Estiveram recentemente reunidos em Banguecoque vários líderes cristãos, muçulmanos e budistas para debater as formas de acabar com o clima de violência que assola actualmente a província de Narathiwast (sul da Tailândia), uma região predominantemente muçulmana. Segundo Witaya Wisatrat, do Conselho Muçulmano da Tailândia, os líderes religiosos podem ter um papel activo na pacificação da região, “dizendo claramente aos crentes como praticar os ensinamentos da sua fé. Entre os muçulmanos existe a preocupação de que imãs estrangeiros estejam a explorar o clima de tensão naquela província, incitando os jovens a insurgirem-se contra o Governo. O recém-nomeado Bispo de Surat Thani, D. Joseph Sridarunsil, tem a seu cargo uma diocese que abrange 3 províncias onde têm ocorrido graves conflitos inter-étnicos e inter-religiosos. Durante a cerimónia da sua ordenação episcopal, o prelado declarou: “Uma vez que os tailandeses do sul pertencem a diferentes comunidades religiosas, quero que o diálogo inter-religioso, através de reuniões, amizade e cooperação, nos ajude a resolver juntos os problemas sociais”. De acordo com a agência Asia News, em finais de Outubro várias dezenas de manifestantes morreram sufocados ao serem transportados para os quartéis pelas forças de segurança tailandesas. Os manifestantes, maioritariamente muçulmanos foram detidos em Tak Bai por exigirem a libertação de 6 indivíduos suspeitos de terem vendido armas aos rebeldes separatistas. Uma organização islâmica que se opõe à administração tailandesa naquela província insurgiu-se contra estas mortes, prometendo vingança. Entre 28 e 29 de Outubro ocorreram 3 atentados à bomba que feriram 15 polícias e provocaram a morte de pelo menos 2 pessoas. O Padre Pelosin, missionário PIME na Tailândia desde 1978, explicou a complexa situação nas regiões do sul: “Por um lado, temos os muçulmanos que etnicamente são Malaios e que são a favor da independência. Por outro, os Thais são budistas e não querem a independência do Sul”. Desde o início do ano já morreram 440 pessoas como consequência dos conflitos entre o exército tailandês e os grupos separatistas. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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