Vaticano

Religiosos raptados no Iraque

Octávio Carmo
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Dois religiosos da Igreja Católica caldeia, no Iraque, foram raptados no último fim-de-semana. O sequestro durou um dia, mas os monges foram bem tratados e libertados, encontrando-se novamente no mosteiro de Santo António, em Bagdad. O Patriarca caldeu de Bagdad, Emmanuel III Delly, comentou o acontecimentyo, referindo à Rádio Vaticano que “os cristãos no Iraque não sofrem ataques por causa de sua fé, mas sim por serem iraquianos, como acontece todos os dias também com os muçulmanosâ€. O Patriarca define a situação iraquiana como "não positiva", mas espera que ela possa melhorar. Para isso, D. Delly aposta na colaboração entre todos os membros da sociedade iraquiana, para o progresso "económico, espiritual e cultural da Naçãoâ€. No passado mês de Dezembro o Papa condenou os atentados cometidos no Iraque contra a minoria cristã, após a destruição de uma igreja arménia-católica e do edifício do arcebispado caldeu. Outras cinco igrejas de Bagdad foram alvo de uma série de ataques simultâneos a 19 de Outubro que não fizeram vítimas. A minoria cristã já tinha sido alvo de actos de violência em Agosto, quando seis atentados contra locais de culto cristãos causaram 10 mortos e 50 feridos em Bagdad e Mossul. O número de cristãos no Iraque é de cerca de 750 mil. Destes, 70% fazem parte da Igreja Católica caldeia.


Guerra do Iraque