O Núncio Apostólico no Iraque, D. Fernando Filoni, considerou preocupante o êxodo dos cristãos deste país durante as últimas duas semanas, depois dos atentados contra várias Igrejas em Bagdad e Mossul. Apesar disso, o arcebispo italiano não confirmou nem desmentiu o número de 40 mil pessoas, difundido pela ministra de deslocamentos e Emigrações do governo provisório iraquiano Pascale Icho Warda, única cristã do executivo.
“Sabemos que as famílias se vão embora e que abandonam as suas casas e a sua actividade de trabalho: é um fenómeno que está se difundindo e também os párocos nos indicam que famílias inteiras estão de partida, mas não sabemos se o número corresponde à verdade”, vincou.
O Núncio declarou que o êxodo dos cristãos poderia ser parado se a comunidade internacional, que em teoria está comprometida na pacificação, "traduzisse essas tentativas em feitos concretos”.
"Não tenho estimativas precisas sobre a fuga dos cristãos do Iraque, por isso não posso expressar uma opinião a esse respeito”, disse D. Filoni à agência AsiaNews. “Claro é que 40 mil pessoas em êxodo é um número realmente muito elevado”, adicionou.
Finalmente, o prelado disse que “terá que voltar a encontrar a segurança e restabelecer a convivência civil para todo o povo iraquiano, cristão e muçulmano”.
“As bombas nas igrejas aumentaram a preocupação, antes a situação era mais tranquila”, constata.