Vaticano

Sacerdote exilado reclama firme condenação ao terrorismo da ETA

Octávio Carmo
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Um sacerdote espanhol despediu-se no passado Domingo dos seus paroquianos por causa da pressão radical do Partido Nacional Basco (PNV) e da ETA. O Pe. Jaime Larrinaga, pároco de Maruri pediu à Igreja e aos nacionalistas que se pronunciem de forma clara contra o terrorismo da Euskadi Ta Askatasuna –Pátria Basca e Liberdade– (ETA). “Só há dois caminhos: estar contra os que matam, contra os que nos condenam, ou com eles”, afirmou Larrinaga. “Eu defini-me contra o terrorismo e por isso fui perseguido. Peço à Igreja e ao nacionalismo a mesma clareza”, declarou o sacerdote basco na última Missa que celebrou na paróquia que o acolheu por 34 anos. A saída do sacerdote de Maruri, uma pequena localidade próxima de Bilbao governada pelo PNV, foi combinada há algumas semanas, com o bispo de Bilbao, D. Ricardo Blázquez. Após um ano de exílio o Pe. Larrinaga retomará o seu trabalho em outra paróquia do País Basco. Há um ano o Padre Larrinaga tornou-se o primeiro padre basco a requerer protecção de uma escolta para garantir sua segurança. Nos últimos meses, Larrinaga, ameaçado pela organização separatista basca ETA, foi alvo de contínuos ataques após a missa dominical através de pasquins e concentrações. “Estou um pouco triste vendo em que situação estamos. Estamos em pleno século XXI e com um grau de democracia, respeito e tolerância, zero ainda, estamos diante de um nacionalismo beligerante, insultante”, disse.


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