Santa Sé denuncia violações dos direitos dos trabalhadores Rádio Vaticano 16 de Junho de 2007, às 15:53 ... O representante da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra, Arcebispo Silvano Tommasi, denunciou as violações dos direitos dos trabalhadores, em especial nos paÃses do terceiro mundo. "Enquanto o mundo se confronta com uma globalização que aumenta a riqueza, mas é injusta na sua distribuição", os objectivos sociais não podem ser deixados de lado.A solidariedade deve orientar as polÃticas laborais e formativas, tanto nacionais quanto internacionais, para reduzir o crescente percentual de miséria que atinge muitas áreas do planeta. Intervindo na 96ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho, reafirmou o pedido da Santa Sé de "um sistema de polÃticas do trabalho justas e respeitosas dos direitos de cada um e que permitam destruir pela raiz as antigas e novas formas de discriminação que pesam sobre as camadas mais pobres de trabalhadores". Para o Arcebispo Tomasi, a dimensão humana do trabalho deve ser valorizada e protegida, graças ao valor da solidariedade que permanece crucial e indispensável para um desenvolvimento integral que é o novo nome da paz. O representante da Santa Sé salientou que no mundo são cerca de 195 milhões os homens e mulheres que não têm a possibilidade de encontrar um trabalho e mil e 400 mil pessoas são mal pagos ao ponto de não puderem superar o limiar da pobreza, de dois dólares. "Nesse contexto - sublinhou D. Tomasi - a responsabilidade da comunidade internacional e dos governos é colocada a dura prova, tanto para criar um ambiente económico capaz de oferecer oportunidades, quanto para favorecer a disponibilidade de um trabalho digno." Os dados fornecidos pelo representante da Santa Sé mostram um cenário negativo. Grande parte das tensões e dos conflitos "que atormentam a nossa sociedade - observou - tem as suas raÃzes na falta de trabalho, em empregos carentes de dignas condições de trabalho, ou em salários desadequados à s necessidades da existência, bem como em relações económicas injustas". "Essas dificuldades compreendem-se melhor se inseridas num sistema internacional grandemente condicionado, entre outros, pelo envelhecimento da população e pelo abismo entre as profissões necessárias e por um sistema de instrução incapaz de formar as pessoas com os conhecimentos idóneos" à s exigências de campos como o da economia, tecnologia e comunicação que, mais do que outros sectores profissionais, registaram mudanças decisivas. O trabalho, a empresa e a arena global dos investimentos financeiros, do comércio e da produção, afirmou o representante vaticano, deveriam ter as suas raÃzes no "esforço criativo e cooperativo, baseado em normas a serviço da pessoa humana, de cada homem e mulher, e da sua igualdade de dignidade e direitos". É a dimensão humana do trabalho que deve ser valorizada e protegida, assim como o valor da solidariedade permanece crucial e indispensável porque, concluiu o prelado, o "novo horizonte" da demanda social é, agora, a pessoa humana, protagonista "de um desenvolvimento integral que é o novo nome de paz". Santa Sé Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...