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Semana Santa em Jerusalém

Rádio Vaticano
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Cristãos de todos os continentes desceram ontem o Monte das Oliveiras batendo palmas e balançando ramos de oliveira na procissão do Domingo de Ramos, que marca o início das celebrações da Semana Santa.

A cerimónia partiu da igreja de Betfagé, uma aldeia palestina na encosta nordeste do Monte das Oliveiras, sobre a pedra na qual, segundo a tradição, Jesus se apoiou para subir no lombo do jumento, antes do seu ingresso em Jerusalém.

Ali se uniu à procissão uma comitiva de peregrinos e religiosos de várias Igrejas cristãs, que entoando cantos em diversos idiomas, desceram pela corrente de Cedrón até o Portão dos Leões ou de Santo Estevão.

A entrada, de pedra branca, conduz à antiga cidade de Jerusalém pela Via Dolorosa, caminho percorrido por Jesus desde o palácio de Pilatos até ao Gólgota, onde foi crucificado. Neste lugar se encontra hoje a Igreja do Santo Sepulcro.

Grupos de jovens palestinos com uniformes coloridos animaram a caminhada marchando ritmicamente, enquanto ao seus vizinhos muçulmanos da localidade apreciaram o espectáculo das janelas e terraços.

“Hoje é um dia de glória, de festa e pode-se ver no ambiente que é um dia de alegria no qual o povo lembra esse grande acontecimento, a chegada de Jesus desde Jericó e sua entrada solene em Jerusalém”, disse à agência Efe o franciscano Artemio Vítores, Padre da Custódia da Terra Santa.

O religioso destacou que uma das partes mais bonitas da procissão é “a chegada ao Dominus Flevit (em latim: O Senhor chorou), onde Jesus chorou sobre Jerusalém e onde os fiéis cantam: 'Alegra-te Jerusalém' e 'Que alegria quando me disseram, vamos para a casa do Senhor', entre outras canções em lembrança dos antigos peregrinos que vinham à Cidade Santa”.

Dezenas de polícias e soldados israelitas circundaram as ruas pelas quais a procissão passou e helicópteros sobrevoaram a cidade para garantir que tudo transcorresse sem incidentes.

Na vizinha Cisjordânia, palestinos cristãos organizaram um protesto contra a proibição de acesso imposta por Israel, que impede que centenas de milhares de fiéis residentes nesse território ocupado participem nas celebrações religiosas da Semana Santa.

Este ano, a Semana Santa cristã coincide com a Pessach, a Páscoa judaica.



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