O visitador apostólico nomeado por João Paulo II para investigar o escândalo sexual no Seminário austríaco de Sankt-Poelten (leste), perto de Viena, chegou ontem ao local e já começou a trabalhar, noticiou a agência APA.
D. Klaus Kueng, Bispo de Feldkirch, nomeado terça-feira pelo Papa, indicou ter mantido um encontro com D. Kurt Krenn, Bispo de Sankt-Poelten, acusado de ter tentado abafar um escândalo que indignou a Igreja austríaca.
O visitador apostólico tem como tarefa reportar ao Papa o caso sob investigação. D. Keung acrescentou ter-se também reunido com o Bispo Auxiliar de Sankt-Poelten, D. Heinrich Fasching, e revelou que ouviria os responsáveis do seminário em breve.
A Igreja Católica na Áustria e a opinião pública deste país aplaudiram a rápida decisão de João Paulo II de enviar um visitador apostólico.
“A decisão do Santo Padre foi acolhida com grande satisfação tanto pela opinião pública do país como pela Igreja que está na Áustria, sobretudo pela rapidez da decisão do Papa, que acaba de regressar do Valle de Aosta. O pontífice tomou a decisão imediatamente”, afirma Erich Leitenberger, director de Kathpress, a agência católica austríaca.
“Isto significa que tanto a Santa Sé como o Santo Padre em pessoa se apercebem de que em Sankt Pölten se verificou uma situação grave que tem repercussões para todo o país”, explica Leitenberger em declarações à Rádio Vaticano.
