Vaticano

Ser mulher na Tailândia

Manuel Costa
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A Conferência Episcopal da Tailândia pede aos católicos do país que se empenhem numa luta determinada para pôr fim à violência e à discriminação contra as mulheres. Numa carta pastoral enviada a todos os fiéis, o Bispo Lawrence Thienchi Samandhit, Presidente da Comissão para a Mulher, recordou como a Exortação Apostólica “Ecclesia in Asia”, de João Paulo II, afirma que a condição da mulher na Ásia continua a ser um sério problema. “A discriminação e a violência começam já em casa, prosseguem depois no lugar de trabalho e também dentro do sistema legal: muitas mulheres são tratadas simplesmente como objectos, na prostituição, no turismo e para a indústria do espectáculo”, lê-se no texto da carta. “Os contributos das mulheres foram muitas vezes subvalorizados ou ignorados e daí resultou um empobrecimento espiritual para a humanidade”, acrescenta D. Samandhit, dizendo que as Igrejas locais na Ásia deveriam promover actividades que tutelem os direitos humanos e a dignidade das mulheres. Segundo dados oficiais, o fenómeno da prostituição na Tailândia envolve mais de dois milhões de mulheres e criança. Outro flagelo que atinge o universo feminino tailandês é a SIDA, a primeira causa de morte: Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, na Tailândia morrem de SIDA 35 pessoas por hora - cerca de 46 mil por ano - entre as quais muitas mulheres, facto que deixa cada ano mais de 95.000 crianças órfãs abaixo dos 15 anos.


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