Vaticano

Silêncio no Iraque pelas vítimas do terrorismo

Octávio Carmo
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Todo o Iraque parou hoje às 12h00 (menos três em Lisboa) para observar três minutos de silêncio, decretados pelo parlamento de Bagdad, em memória de todas as vítimas do terrorismo, em especial as 32 crianças assassinadas na semana passada. O Bispo Auxiliar caldeu de Bagdad, D. Shlemon Warduni, referiu à Rádio Vaticano que esta iniciativa “tem um significado importante para a Nação, promovendo um encontro entre todas as partes”. As comunidades cristãs reuniram-se nas igrejas e rezaram “pelas vítimas e pelos terroristas, para que abandonem a violência de uma vez por todas”. A própria emissora do Vaticano aderiu à iniciativa. Numa nota, a Rádio explica que "compartilha as motivações na origem da iniciativa, pois faz memória das vítimas da violência e do terror de qualquer parte do mundo". Apesar do significado deste momento de silêncio, o dia voltou a ser marcado pela violência: pelo menos oito pessoas morreram hoje e 22 ficaram feridas num atentado suicida contra o centro de recrutamento do exército Al Muthana, em Bagdad. A difícil situação do país foi confirmada ontem por um relatório do Oxford Research Group e do Graduate Institute of International Studies, sedeado em Genebra. Perto de 25.000 civis foram mortos desde o início da guerra no Iraque, em Março de 2003, um terço dos quais pelas forças da coligação. 55 por cento das vítimas eram mulheres e crianças com menos de 12 anos.


Guerra do Iraque