Sínodo: Bispo angolano exorta a um testemunho cristão «firme» contra quem quer «destruir as famílias»
D. Emílio Sumbelelo aponta à defesa de valores como a «unidade e indissolubilidade do matrimónio»
Cidade do Vaticano, 15 out 2015 (Ecclesia) – O bispo angolano D. Emílio Sumbelelo, que está em Roma a participar no Sínodo sobre a Família, frisou hoje a necessidade de um testemunho cristão “firme” para contrariar quem quer “desconstruir ou destruir as famílias”.
“Diante dos grandes desafios que temos pela frente, as famílias cristãs devem ser firmes no testemunho da vida e dos valores da unidade e da indissolubilidade do matrimónio”, aponto o bispo de Uíje, em declarações à Rádio Vaticano.
Falando sobretudo “para as famílias em África, sobretudo do mundo da lusofonia”, D. Emílio Sumbelelo salientou que “a família cristã deverá ser a grande evangelizadora” num mundo que carece de “moralidade”.
“Ela deverá levantar bem alta a bandeira da fidelidade, da indissolubilidade e do amor que deve guiar os cônjuges”, reforçou o prelado.
Sobre o papel das famílias cristãs junto de outras “que vivem situações dolorosas”, o bispo angolano sustenta que elas devem ajudar “primeiro com o próprio exemplo, segundo com a proximidade, conversando e fazendo caminho”.
“Há situações que são reversíveis, em que se pode voltar, e situações irreversíveis. Para aquelas reversíveis, isto é, com possibilidade de regularizarem a situação, a família cristã deverá estar sempre ao lado, ajudar a superar esses obstáculos possíveis”, apontou.
E mesmo em casos “não reversíveis”, é preciso estar junto dessas famílias, convidando-as a participar na oração, nas celebrações, concretamente na eucaristia.
Questionado sobre a forma como o Sínodo dos Bispos sobre a Família está a decorrer, D. Emílio Sumbelelo disse que o caminho tem sido “positivo” e com um ritmo mais “acelerado” do que se esperava.
Os 274 participantes no encontro, que decorre no Vaticano até 25 de outubro, estão a debruçar-se neste momento sobre as soluções necessárias para que a família vá ao encontro da “sua missão específica no mundo”.
Portugal está representado por D. Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa; e por D. Antonino Dias, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família.
RV/JCP
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