Várias congregações religiosas missionárias lançaram nestes dias uma série de apelos à comunidade internacional, chamando a atenção para a situação das “crianças de rua”.
"Existem em todo o mundo cerca de 90 milhões de crianças de rua, distribuídas da seguinte maneira: 40 milhões na América Latina, 10 milhões na África, onde o fenómeno é relativamente novo, e o restante na Ásia, onde somente na Índia são mais de 18 milhões”, refere a revista "Mundo Negro" dos Missionários Combonianos espanhóis. Segundo estes religiosos, "o aspecto mais preocupante do fenómeno das crianças de rua é que na África, como na Ásia ou na América Latina, a maior parte do Governos, e a sociedade civil em geral, tende a ignorá-lo. Chega-se mesmo a perseguir essas crianças como delinquentes porque sujam a imagem das cidades".
Outro Dossier, sobre os meninos de rua na América Central, foi divulgado pela revista missionária dos Jesuítas italianos "Popoli"(Povos).
O trabalho, intitulado "Crescer na rua", examina em especial o fenómeno dos grupos juvenis."Há décadas a imprensa e a opinião pública abusam de nomes para qualificar esses grupos: banda, gallada, clika, parche etc. Na América Central, usa-se principalmente os termos “pandilla” ou “mara”. As imagens desses grupos é fortemente influenciada pela imprensa, que muitas vezes apresentam esses jovens como monstros infernais, delinquentes contra os quais se pode agir de maneira violenta”, referem os Jesuítas.