A Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Paquistão pediu justiça às autoridades de Punjab, pela morte de um jovem católico após as torturas às quais foi submetido por um professor e alguns estudantes de uma escola islâmica para conseguir sua conversão ao Islão.
A Comissão decidiu levar os responsáveis por esta morte aos tribunais e em comunicado, denuncia a “perigosa tendência às conversões forçadas” que o facto reflecte.
O jovem morreu a 2 de Maio, num hospital de Faisalabad por “falha renal”. Nos dias anteriores, os médicos tinham diagnosticado também a fractura de algumas costelas e a perda da vista.
A Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Paquistão afirma que a polícia recusou verificar as causas das lesões de Anjum e investigar as acusações apresentadas.
Peter Jacob, secretário executivo da Comissão, declarou que os responsáveis da escola islâmica tentam dar a impressão de que Anjum era um viciado em drogas.
“Tudo isto demonstra que os culpados são conscientes do que fizeram e desesperadamente tentam esconder os fatos com falsas acusações”, declarou.
Em Novembro de 2003, outro rapaz paquistanês católico de 15 anos, foi capturado por alguns companheiros de escola e obrigado a tornar-se muçulmano. Alguns clérigos islâmicos ameaçaram-no e espancaram-no, obrigando-o a ter lições na Madrasa Jamia al Qasim al Aloom, uma escola islâmica com um colégio anexo. Zeesham Gill conseguiu fugir, mas desde então ele e seus familiares permanecem escondidos com medo de serem assassinados.
