Terrorismo basco preocupa a Igreja ACIdigital 20 de Janeiro de 2005, às 11:00 ... O Arcebispo de Madrid, Cardeal Rouco Varela, reafirmou ontem que se os terroristas do grupo separatista basco ETA não se arrependerem de seu crimes, “serão excomungadosâ€. Em entrevista ao jornal “La Razónâ€, o Cardeal borda os diversos desafios da Igreja no paÃs e reitera que “um terrorista, desde o momento em que empreende suas práticas assassinas, situa-se no contexto de pecado mortalâ€. “Se não se arrepender das suas acções está fora da comunhão da Igreja. Sempre que se comete um pecado gravÃssimo, como o terrorismo, está fora da Igreja, e nesse sentido podemos dizer que os terroristas do ETA, ao não estar em comunhão, estão excomungadosâ€, precisou. A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) está a ultimar um novo documento sobre a “unidade da Espanha†e os nacionalismos, que será apresentado na sua próxima Assembleia Plenária de março. Sobre a escassa presença de católicos na vida pública, o Cardeal considerou evidente “que há uma descompensação. Não há um reflexo na vida pública do muito que representa o mundo católico na Espanha. E isso se deve a diversas causas históricas ou culturaisâ€. Segundo o Cardeal, na Espanha não há uma perseguição “generalizada†contra os católicos, mas “a cultura espanhola, em muitos dos seus segmentos predominantes, não é precisamente cristã, a semelhança do que ocorre em outras sociedades europeias, que se caracterizam de novo por formas doutrinais e éticas radicalmente relativistasâ€. “No fundo, o que está em jogo é o fundamento mesmo da dignidade da pessoa humana e de seus direitos fundamentais que, ou se situa no plano da trascendência, ou se deteriora e derrubará mais ou menos logoâ€, indicou. Do mesmo modo, D. Rouco Varela abordou a polémica pela distinção com o Globo de Ouro para o filme espanhol “Mar Adentroâ€, que propõe como herói um homem que procurou a sua morte para livrar-se de uma doença terminal. “A concepção do direito à vida é um problema que começou a se expor há mais de duas décadas, embora se tenham manifestado com mais força nos dois últimos lustros. Relativiza-se o direito à vida, dos não nascidos até os doentes terminais. A fórmula que se segue é a de adoçar os termos, mas isto não consegue ocultar a maldade que há detrásâ€, apontou. Igreja/Estado Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...