Vaticano

Timor Leste ainda sem terceira diocese

Octávio Carmo
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O presidente da República timorense, Xanana Gusmão, disse hoje que o Vaticano argumenta dificuldades financeiras como justificação para a não abertura de uma terceira diocese em Timor- Leste e a criação de uma Nunciatura no país. Em declarações à chegada a Díli depois de uma viagem à Europa, que incluiu uma audiência com João Paulo II e com responsáveis do Vaticano, Xanana Gusmão disse que esse era o único obstáculo à abertura da terceira diocese. "Abordei a questão, como aliás temos vindo a fazer, e o que me foi dito é que agora o mundo funciona com calculadoras", disse à agência Lusa. "É uma questão mais financeira do que política. Dizem que vão considerar o assunto, sabem qual é o nosso desejo e apoiam-no mas argumentam questões financeiras", explicou. A questão da abertura de uma terceira diocese em Timor-Leste e da criação paralela de uma Nunciatura do Vaticano em Díli tem sido um dos assuntos mais polémicos no relacionamento entre a hierarquia religiosa timorense e o Vaticano. O consenso sobre a criação de uma terceira diocese em Same, distrito de Manufahi, como passo para a criação de uma Conferência Episcopal em Timor-Leste, nasceu, em si, de um acordo no início de 2001 entre os principais responsáveis religiosos timorenses. Na altura o Conselho Presbiterial da Diocese de Díli considerou que Manufahi era a escolha "preferencial", ficando também sob a sua tutela os distritos de Ainaro, Covalima e Aileu, actualmente sob responsabilidade da diocese da capital timorense.


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