A situação de tráfico de menores e órgãos humanos em Moçambique continua a ser considerada “preocupante” pela Ordem Religiosa dos Servos de Maria, a trabalhar no local.
Recorde-se que esta Ordem recolheu mais de 150 mil assinaturas para pedir à União Europeia (UE) que seja aberto um inquérito judicial sobre o desaparecimento de crianças em Nampula. Na opinião dos religiosos, "há relutância e incapacidade da polícia moçambicana em intervir" e alguns "media" "estão a menosprezar e mesmo a ridicularizar factos documentados".
Num comunicado divulgado hoje, os religiosos dão conta de mais dois casos suspeitos em Nampula que levaram à prisão de um pai que transportava o próprio filho fechado num saco e de um jovem de 25 anos que pretendia vender outro homem por 80 milhões de meticáis (mais de 3 mil Euros) ao médico Francisco Chinaiah. Foi o próprio médico a denunciar o caso às autoridades.
O jovem deste último caso, António Juma, terá revelado à polícia que já efectuou uma transacção semelhante, paga por um cidadão sul-africano.
Na última assembleia plenária da Conferência Episcopal Moçambicana alguns Bisppos lançaram a proposta de se promover, a nível nacional, uma semana de oração pelas vítimas do tráfico de menores e de órgãos.