Vaticano

Vaticano condena governo argentino

Agência Zenit
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A Santa Sé anunciou que, caso o governo argentino deixe de reconhecer unilateralmente o bispo castrense do país por causa das suas declarações críticas, este país violará a liberdade religiosa e os seus acordos internacionais. Esse sábado, Joaquín Navarro-Valls, porta-voz do Vaticano, publicou uma declaração na qual explicava que, perante as notícias das agências argentinas sobre medidas tomadas pelo presidente do país em relação a D. Antonio Juan Baseotto, “ficamos à espera de um comunicado oficial por parte da Argentina ao Sumo Pontífice, que o nomeou ordinário militarâ€. “Obviamente, se se impedir de exercer o ministério pastoral um bispo nomeado legitimamente pela Santa Sé segundo as normas do direito canónico e dos acordos vigentes, tratar-se-á de uma violação da liberdade religiosa, assim como dos ditos acordosâ€, conclui o comunicado. A polémica surgiu quando o ministro da Saúde da Nação, Ginés González Garcia, se manifestou a favor da despenalização do aborto no dia 14 de Fevereiro, em entrevista concedida ao jornal «Página 12». Três dias depois, D. Antonio Baseotto escreveu ao ministro uma carta advertindo-o de que poderia incorrer em “apologia do delito de homicídio†por propiciar essa prática mediante a entrega de “fármacos conhecidos como abortivosâ€. O prelado também assinalou nessa carta que ao vê-lo distribuir publicamente preservativos entre os jovens lhe veio à memória a frase evangélica na qual “Nosso Senhor afirma que ‘os que escandalizam os pequenos merecem que se amarre uma pedra de moinho e se lancem ao mar’â€. Este sábado, a Comissão Executiva da Conferência Episcopal argentina publicou uma declaração na qual “lamenta que este conflito, solto à competência dos meios, não tenha sido atendido com a prudência que mereciaâ€.


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