Vaticano

Vaticano condena práticas de tortura no Iraque

Octávio Carmo
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Responsáveis católicos preocupados com o impacto destes acontecimentos no mundo árabe

As imagens das torturas praticadas pelos militares norte-americanos sobre prisioneiros iraquianos “têm um efeito terrível no mundo árabe”, assegura o cardeal francês Jean-Louis Tauran, antigo responsável da Santa Sé para a relação com os Estados. “Quando se faz pouco da dignidade humana, desta maneira, ultrapassam-se todos os limites”, disse o Cardeal ao jornal La Stampa. Para este especialista em política internacional, a nova crise no Iraque é extremamente grave e o comportamento dos soldados “deplorável”. “João Paulo II tinha os seus motivos para recusar a ideia de uma guerra preventiva e hoje constatamos que ela não eliminou o terrorismo”, acrescentou. Também o jornal oficioso da Santa Sé, “L’Osservatore Romano” condena o comportamento das forças da coligação para com os prisioneiros iraquianos, assegurando que “as fotos dos iraquianos na prisão de Abu Ghraib, em Baghdad, humilhados física e moralmente para enfraquecer a sua resistência aos interrogatórios, suscitaram a indignação da opinião pública”.


Guerra do Iraque