Altos responsáveis do Vaticano condenaram duramente a escalada de violência no Iraque, durante as últimas semanas.
D. Giovanni Lajolo, um dos chefes da diplomacia do Papa, afirmou ao diário “Il Giornale” que “é justo combater o terrorismo” e que a situação no Iraque mudou muito desde que o Papa se manifestou contra a intervenção militar dos aliados.
Para o Secretário do Vaticano para as relações com os Estados, “é inadiável lutar contra os pressupostos culturais que são o húmus do terrorismo islâmico e esta luta não será curta”.
Já o Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, lamentou que o papel da ONU não esteja a ser devidamente reconhecido a nível mundial. Para a Santa Sé, a presença das forças armadas no Iraque devia passar unicamente “pelo mandato da ONU” e esta presença deveria ser uma força de paz, integrada, maioritariamente, “por países muçulmanos membros das Nações Unidas”.
A escalada de violência no Iraque, surpreendente sem ser imprevisível, gerou um apelo sentido de João Paulo II, no dia de Páscoa, contra o “desumano, e infelizmente devastador, fenómeno do terrorismo, que nega a vida e torna sombria e insegura a existência quotidiana de tantas pessoas trabalhadoras e pacíficas”.