Vaticano

Vaticano lamenta incidentes violentos em Cabinda

Octávio Carmo
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Paróquia onde foi agredido o Administrador Apostólico está encerrada

A igreja da Imaculada Conceição em Cabinda foi encerrada e o seu pároco suspenso, depois do Administrador Apostólico ter sido agredido no local. Bento XVI enviou um telegrama de solidariedade para com D. Eugénio del Corso, que se encontra a recuperar no paço episcopal daquele enclave de Angola. A medida foi tomada pelo Administrador Apostólico, alvo da agressão verificada a 18 de Julho corrente, e anunciada, em conferência de imprensa, pelo Núncio Apostólico em Angola, D. Angelo Becciu, em conferência de imprensa. O Núncio convidou, igualmente, os fiéis de Cabinda e os de toda Angola para rezarem e praticarem actos de reparação pelo grave acto cometido. Em Luanda está marcada, para o próximo dia 28, uma “missa de desagravo e de solidariedade†com D. Dal Corso, na Paróquia de S. Paulo, com a participação de todo o episcopado. Transmitida por telegrama do Secretário de Estado, Cardeal Angelo Sodano, a mensagem papal pede serenidade dos fieis, unidade da Igreja e bom acolhimento para o novo Bispo. "Informado da continuação da tensão na Diocese de Cabinda e do gravíssimo acto de violência contra o Administrador Apostólico, em nome do Santo Padre exprimo a Sua Excelência Dom Eugénio Dal Corso profunda solidariedade e comunhão e lhe transmito a consoladora bênção apostólica. Ao mesmo tempo, o Santo Padre exorta vivamente o clero e fiéis de Cabinda a encontrar serenidade e unidade para mostrar concretamente respeito e união à Igreja e a acolherem filialmente o novo pastor", diz o telegrama. O Bispo nomeado de Cabinda, D. Filomeno Vieira Dias, manifestou na conferência de imprensa a sua total disponibilidade para trabalhar naquela Diocese. “Como Sacerdote, sou um missionário, e, como Bispo, sou um missionário ao serviço da Igreja e sempre disponível a trabalhar e a desempenhar esse meu ministério episcopal aí onde a Igreja me enviar, onde a Igreja me solicitarâ€, afirmou D. Filomeno, nomeado por João Paulo II no passado mês de Fevereiro, mas que ainda não tomou posse por motivos de segurança. Face à actual situação de instabilidade, ainda não foi avançada uma data para a tomada de posse do novo Bispo de Cabinda.

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