Vaticano

Vaticano pede respeito da lei internacional para prevenir genocídios

Octávio Carmo
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O Vaticano pediu, no IV Fórum Internacional de Estocolmo sobre “Prevenir o genocídio: desafios e responsabilidades”, uma aposta na aplicação da lei internacional e na educação, como “chaves para prevenir futuros genocídios.” O arcebispo Celestino Migliore, Observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, indicou a necessidade de colocar em funcionamento “as ferramentas legais existentes contra o genocídio”, “o papel central das organizações internacionais” e o , “compromisso com a educação e a vigilância contra o genocídio”. “A humanidade assistiu a guerras mundiais, a genocídios, assassinatos em massa e limpezas étnicas. No entanto, de todas as formas de violência em grande escala, o genocídio é um dado à parte, pela perversa motivação que jaz por detrás dele, quer dizer, sua tentativa específica de destruir, total ou parcialmente, uma nação, uma raça, um grupo étnico ou religioso, um grupo indefeso ou vulnerável de seres humanos, simplesmente por assim o serem”, acrescentou. O representante católico destacou que as actuais ferramentas e estruturas contra o genocídio não impediram que ocorressem novos genocídios. “A comunidade internacional tem o dever de analisar os motivos do seu fracasso”, apontou. “O genocídio continua a ser uma ameaça constante em algumas partes do mundo e “está latente nos lugares onde a eliminação dos outros se considera ‘uma solução rápida’ para acabar com as rivalidades e os conflitos insolúveis”, alertou o arcebispo Migliore, na conclusão do seu discurso.


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