Vaticano

Vaticano saúda aprovação da Constituição iraquiana

Agência Zenit
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O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano” classificou a aprovação da Constituição iraquiana como “um bom auspício” para o processo de pacificação e de democracia real. O editorial da edição em italiano de ontem considerava o resultado do referendo como “um passo em frente no difícil e penoso processo político do Iraque”. Segundo os resultados da consulta, divulgados terça-feira, 10 milhões de iraquianos exerceram o seu direito de voto, o que representa 63 por cento dos eleitores registados. Para o jornal vaticano, trata-se de “um acontecimento destacado, um dia depois do enésimo ‘dia de sangue’ em Bagdad, cidade atingida pela estratégia do terror”. “Perante esta estratégia, que não experimenta tréguas, impõe-se cada vez mais a necessidade de soluções políticas adequadas, que devem ser decididas através do diálogo, no âmbito interno e no contexto internacional, capazes de assegurar ao país a suficiente serenidade e estabilidade”, acrescenta o periódico. O Arcebispo Fernando Filoni, Núncio Apostólico em Bagdad, qualificou a aprovação da Constituição como “um caminho positivo para a normalização do país”. Em declarações à agência AsiaNews, o prelado sublinhou a grande participação no referendo, “sinal da vontade das pessoas em voltar a começar”. O representante do Papa reconhece, contudo, que “a Constituição tem contradições evidentes”. “Por uma lado, querem apresentá-la como modelo para o Médio Oriente; por outro é ferida por alguns elementos tradicionalistas. Há que ter em conta que a sociedade iraquiana está em plena transformação e que o processo deve continuar”, aponta.


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