O Vaticano está a ultimar todos os preparativos para a missa exequial de João Paulo II, marcada para o próximo dia 8 de Abril, e para os “novemdiales”, período de nove dias consecutivos em que se celebram as exéquias em sufrágio do Papa.
A IV Congregação Geral dos Cardeais, com a presença de 116 participantes (eleitores e não eleitores) reuniu-se esta manhã na Aula Nova do Sínodo, no Vaticano, para definir todos os pormenores relativos a estas cerimónias, incluindo a disposição das mais de 200 delegações oficiais que estarão presentes na Basílica de São Pedro. Neste momento são já 122 os Cardeais presentes em Roma, para participar nas exéquias, num total de 183.
“Na Congregação Geral de hoje, os Cardeais foram informados do número de delegações oficias provenientes de praticamente todo o mundo para marcarem presença nas exéquias do Santo Padre, sexta-feira de manhã, bem como das delegações de diferentes confissões cristãs e outras religiões”, adiantou Joaquín Navarro-Valls, porta-voz do Vaticano. Aos jornalistas foi prometida, para amanhã, a divulgação da lista definitiva destas delegações.
Os Cardeais asseguraram que as várias delegações poderão “prestar homenagem e rezar diante do corpo do Santo Padre na Basílica”.
Relativamente à celebração dos “novemdiales” – iniciados precisamente com a missa exequial – os Cardeais decidiram celebrar Capelas papais nos dias 9, 12 e 16 de Abril. A Capela papal, ao contrário das outras missas deste período, são mais abertas a todos os fiéis e menos específicas em relação ao número de pessoas que podem estar presentes.
A celebração acontecerá do seguinte modo: 1º, 5º e 9º dia: Capela Papal; 2º dia: fiéis da Cidade do Vaticano; 3º dia: Igreja de Roma; 4º dia: Titulares das Basílicas Patriarcais; 6º dia: Cúria Romana; 7º dia: Igrejas Orientais; 8º dia: membros de Institutos de Vida Consagrada.
Os Cardeais recusaram, por outro lado, que o corpo do Papa visitasse a Basílica de São João de Latrão, considerada a igreja-mãe de todas as igrejas católicas, por ser a Catedral do Bispo de Roma. O pedido surgiu em função da multidão de pessoas que se aglomera diante desta Basílica, mas os Cardeais chegaram à conclusão de que seria "tecnicamente impossível" fazer este percurso.
Assim, a inumação será feita imediatamente depois da missa exequial, conforme previsto, na Cripta da Basílica de São Pedro.
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