Vaticano

Violência no Iraque afasta os cristãos

Octávio Carmo
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Os cristãos continuam a abandonar o Iraque, perante o crescimento do extremismo islâmico. A perseguição recrudesceu no pós-guerra e as comunidades sentem que já não são bem vistas no país. O Patriarca caldeu de Bagdad, Emanuel III Delly, pediu ajuda e oração aos países estrangeiros. “Rezemos para que cada vez haja mais pessoas que trabalhem junto aos iraquianos para restabelecer a paz a nosso país: todos, cristãos e muçulmanos juntos”, referiu. Perante a notícia do assassinato a sangue frio de vários cristãos nos últimos dias, o patriarca declarou que “a violência atinge cristãos e muçulmanos. Muitos muçulmanos são sequestrados e assassinados. Nestes dias duros e obscuros o destino é comum para ambas comunidades”. “Somos uma família e temos de trabalhar todos juntos para que prevaleça a paz em um país atormentado há muitos anos”, assinala. A população cristã no Iraque, com perto de 750 mil pessoas, tem manifestado preocupação com o crescente fundamentalismo islâmico e algumas pessoas têm fugido para os países vizinhos até que a situação política e de segurança mostre sinais de tranquilidade. “Os cristãos não querem a guerra e o conflito no Iraque nunca poderá ser entendido como um confronto de religiões”. As palavras são clara e pertencem ao D. Jean Benjamin Sleiman, Arcebispo de Rito Latino, de Bagdad. No Iraque os cristãos constituem 3% da população estimada em 23 milhões de habitantes, na sua maioria fiéis da Igreja Católica Caldeia e da Igreja Ortodoxa Síria.


Guerra do Iraque