Bento XVI assegurou que os cristãos têm o dever de auxiliar as crianças que perderam os seus pais no tsunami que flagelou o sudeste asiático no passado dia 26 de Dezembro. O Papa aproveitou o seu encontro deste sábado com os Bispos do Sri Lanka, ao concluir a visita “ad limina”, para garantir a solidariedade da Igreja.
“Nos rostos daquelas pessoas não podemos deixar de ver o rosto sofredor de Cristo e, de facto, é ele quem servimos quando demonstramos amor e compaixão pelos necessitados”, disse.
“A comunidade cristã tem o dever particular de atender as crianças que perderam os pais por causa da catástrofe natural”, acrescentou.
O apelo do Papa converteu-se em condenação de todos os que transformam estes meninos “em vítimas de abusos ao serem utilizados como soldados, mão-de-obra ou para o tráfico de seres humanos”.
“Não há que economizar esforços para exortar as autoridades civis e a comunidade internacional para que combatam estes abusos e ofereçam às crianças a defesa legal que justamente merecem”, exigiu.
Bento XVI explicou que no tsunami Deus não estava ausente e que os cristãos sabem que “tudo contribui para o bem dos que amam a Deus”.
“Podemos reconhecer ulteriores sinais da bondade de Deus na cooperação e na colaboração de tantos e tão diferentes membros da sociedade, unidos pelo esforço de oferecer ajuda”, indicou, destacando a cooperação estabelecida entre membros de diferentes religiões e de diferentes grupos étnicos.