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Tolentino Mendonça 08-23 - A eleição de Francisco Guilherme d'Oliveira Martins Nuno Santos Jorge Teixeira da Cunha 30 - Reações ao novo pontificado D. Manuel Linda |
Luis Santos 59 - D. Manuel Pelino, 25 anos de bispo
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Foto da capa: Vatican
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Francisco, reconstrói a minha Igreja |
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Tolentino Mendonça |
É verdade que o nome Francisco tem representantes de altíssimo alcance na tradição (de Francisco de Assis a Francisco Xavier ou a Francisco de Sales), mas porventura ao ouvir a escolha do nome “Francisco”, por parte do novo papa, o pensamento da maioria de nós se tenha virado para a figura do poverello e para as palavras que lhe dirigiu o Cristo de São Damião: “Francisco, reconstrói a minha Igreja”. A Igreja de que Jorge Mario Bergoglio é agora pastor precisa evidentemente de reconstrução. Os desafios são imensos, quer internamente quer no diálogo com o mundo. Os tempos são de reconfiguração: o que se sente é que as estruturas herdadas de uma determinada época estão exaustas (por exemplo, o estrito modelo da paroquialização) e não servem convenientemente as realidades emergentes no seio da própria Igreja. O problema da rarefação das comunidades tem-se agravado. A transmissão da fé debate-se com problemas evidentes que as estatísticas dolorosamente descrevem. A formação do laicado, que surgiu com uma força renovada no Concílio Vaticano II, arrefeceu; e a verdade é que, mesmo com poucos padres a Igreja continua demasiado clericalista. O ministério dos presbíteros não só não tem crescido para satisfazer as |
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necessidades do quadro pastoral, mas passa hoje por uma indefinição quanto ao estilo de presença. Por outro lado, o mundo complexifica-se sempre mais e a cultura deixa de partilhar com o cristianismo uma gramática simbólica comum, ao mesmo tempo que lhe dirige um olhar ora indiferente, ora expectante. Que se pode esperar do Papa Francisco? Da sua primeira alocução, marcada por uma inspiradora simplicidade, ficaram-nos duas palavras e um gesto. A primeira palavra foi “confiança”. Retomando a imagem da Igreja como caminho, o papa referiu a necessidade de um pacto de “confiança entre nós”. E a |
Igreja precisa de reganhar confiança. A outra palavra foi “fraternidade”. Muito se tem falado ao longo das últimas décadas de construirmos um modelo de Igreja comunional, mas todos conhecemos as dificuldades e impasses. Sem dúvida, que só uma comunidade que se interpreta em chave fraternal pode dar corpo a formas efetivas de comunhão. E o gesto – um maravilhoso gesto – foi o novo papa inclinar-se para acolher a oração do povo que pedia a bênção de Deus para o seu pastor. Quando o papa abençoou a Igreja e as mulheres e os homens de boa vontade, sentimos que uma nova estação começou. |
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Fumo branco no Vaticano, 13.03.2013 |
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“Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado!” Francisco I, Bênção Apostólica "Urbi et Orbi", Vaticano, 13.03.2013
"Como condutor e guia da Igreja desejamos-lhe uma tarefa pastoral frutuosa no exercício de tão grandes responsabilidades na busca da justiça, da igualdade, da fraternidade e da paz da humanidade". Cristina Kirchner, Presidente da Argentina, Buenos Aires, 13.03.2013 |
“Como primeiro Papa das Américas, a sua eleição também demonstra a força e vitalidade de uma região que está cada vez mais a moldar o nosso mundo e, ao lado dos milhões de hispano-americanos, nós aqui nos Estados Unidos partilhamos a alegria por este dia histórico”. Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos da América, Washington, 13.03.2013
“Tivemos a sensação de que estávamos a viver um grande momento de fé, com o sentido da desproporção de um mediático acontecimento, mas, ao mesmo tempo, uma grande experiência de fé.” D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, em conferência de imprensa, Roma, 14.03.2013
"Em nome da Companhia de Jesus, dou graças a Deus pela eleição do nosso novo Papa, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, sj, que abre a Igreja a um caminho cheio de esperança" Adolfo Nicolás , superior-geral da Companhia de Jesus, Roma, em comunicado, 14.03.2013 |
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Bons motivos de esperança |
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Guilherme d’Oliveira Martins Centro Nacional de Cultura |
Quando o novo Papa Francisco se dirigiu a todos quantos se aglomeraram na Praça de São Pedro e nos meios de comunicação social, numa divulgação sem paralelo, fez questão de se dirigir a todos os homens e mulheres de boa vontade numa abrangente palavra de renovação e de esperança. Foi uma eleição relativamente rápida o que é sinal positivo, do mesmo modo que é importante que tenha sido eleito um Sumo Pontífice vindo da América do Sul. Para a Igreja Universal a questão da nacionalidade não é o mais relevante. A personalidade do Cardeal Jorge Bergoglio é cativante e a escolha da invocação do nome de Francisco é significativa. Num tempo de imediatismo e de indiferença, de crise de valores e de perplexidade não pode passar despercebido o facto de escolher um Santo de proximidade, de pobreza e de amor. E não esqueçamos ainda o Santo missionário S. Francisco Xavier. Estes são sinais de grande relevância num tempo em que o gesto de renúncia de Bento XVI obriga a um esforço redobrado de exigência e de renovação, de exame de consciência e de compromisso, de colegialidade e de partilha. Devo salientar que o testemunho de fé e de razão do |
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anterior Papa pode ser prosseguido e aprofundado. A simplicidade de que o novo Sumo Pontífice deu prova na primeira aparição pública é também um sinal. Não nos esqueçamos ainda que no Conclave de 2005 o novo Papa terá já sido um forte candidato o que atesta em prol do seu prestígio que |
pôde preservar junto dos restantes cardeias ao longo dos últimos anos. Mais do que todas as surpresas, o que importa neste momento é responder aos desafios muito fortes e intensos perante os quais a Igreja Universal se encontra. Há bons motivos de esperança. |
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Habemus Papam – Francisco |
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Nuno Santos
Diocese de Coimbra,
Doutorando de Teologia Dogmática em Roma
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O Espírito Soprou novamente… tal como na manhã de Pentecostes. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o novo Papa, tendo escolhido o nome de Francisco. Penso que o nome escolhido poderá ser profético. As primeiras palavras, o modo simples e profundo como se dirigiu ao mundo não deixam de ser um sinal de esperança. O novo Papa é o primeiro do continente americano e já há muitos séculos que não havia um Papa fora da Europa. O mundo (quase todo) está ‘ligado’ nestas horas a Roma. O número impressionante de jornalistas e de meios de comunicação, fazem deste momento uma notícia global. Mas um acontecimento mediático não nos pode distrair do essencial – a missão do Bispo de Roma, como Francisco referiu várias vezes. A Igreja mais do que um poder económico tem de ser um serviço na esperança, mais do que uma imagem televisiva tem de ser uma presença juntos dos pobres e dos ‘esquecidos’, mais do que o centro do mundo tem que levar o amor ao centro das vidas, mais do que uma notícia de manchete tem que viver a ‘boa-nova’ que é Cristo. E este novo Papa já deu pequenos sinais de simplicidade e de oração humilde. A Igreja não pode negar o tempo em que está e não pode ignorar os desafios que os dias de hoje exigem. Por isso, o novo Papa tem uma missão especialmente significativa. Deixo alguns elementos e desafios para a reflexão, sem uma ordem de importância – mais ao jeito de partilha pessoal e a ‘quente’. |
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Tem de ser um homem feliz e simples. Da felicidade que vem de Deus, de quem experimenta o sabor e a alegria de uma vocação. Essa felicidade interior e essa plenitude de vida, deve ser evidente quando partilha com as ‘multidões’ o entusiasmo de ser ‘cristão’. Tem de ser um homem coerente e exigente com as consequências do evangelho, num esforço de tornar o cristianismo mais credível nas próprias estruturas. Onde seja claro o caminho conquistado no Vaticano II. Sem grandes ruturas, nem dramatismos… procurar clarificar procedimentos, sem se acomodar aos interesses instalados. Tem de ser um homem com a geografia do mundo, que não pense só na Europa e muito menos que não ‘confunda’ o mundo com Roma. Alguém que perceba que o cristianismo está a crescer, que a vitalidade é hoje ‘noutras geografias’. O facto de ser argentino certamente será uma boa ajuda neste aspeto. Tem de ser um homem que seja dialogante num mundo plural, capaz de comunicar e acolher. Alguém que se descubra irmão de tantos outros Bispos no mundo e que com eles divida a missão e responsabilize na unidade e na comunhão com o essencial. |
Tem que ser um homem consciente das suas limitações, de que é apenas ‘mais um’ no ministério petrino, herdeiro de uma história e com a missão de dar continuidade na novidade que os tempos diferentes e as geografias novas exigem. Um Papa assim talvez fosse um ‘superpapa’… e isso não existe. Talvez por isso, o próximo Papa deva ser simplesmente uma pessoa que deixe o Espírito Santo atuar, através das suas qualidades e das suas limitações – afinal Pedro não negou o Senhor três vezes?! Espero muito deste Papa, confio muito no Espírito Santo, tenho muito orgulho de fazer parte desta história tão divina quanto humana… porque tenho a certeza que a Igreja é muito mais do que aquilo que as televisões vão conseguir registar, o sucesso das viagens que irá fazer, as encíclicas que irá escrever, as homilias que irá proferir e as missas que irá presidir… Francisco é o meu Papa. Deus é a minha Luz. Cristo é o meu caminho. O Espírito é a minha força. Esta Igreja é a minha tenda… e o ‘céu’ espero que seja a minha casa.
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Boas Razões para a Esperança |
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UCP-Porto |
Mais uma vez, o resultado do conclave foi inesperado. As reservas da novidade que há na Igreja vieram de novo ao de cima. A eleição do Papa Francisco faz-nos legitimamente esperar algumas coisas novas. Desde logo, o sortilégio dos nomes. Francisco faz-nos hesitar entre três boas “inspirações”: a da reforma da cidade medieval (S. Francisco de Assis), a da expansão missionário do mundo novo global (S. Francisco Xavier) e a democratização moderna da vocação à santidade (S. Francisco de Sales). Isso, sem esquecer a fortaleza de “Jorge”, aquele que enfrenta o mal e o vence. A primeira coisa nova que podemos esperar é um novo olhar da Igreja menos centrado em si própria. O Papa Francisco mostrou-se, desde logo, como um homem simples, despojado das insígnias do poder, capaz de ouvir antes de falar. Vindo dos confins do mundo cristão, cremos que ele vai ser capaz de pôr a Igreja a olhar para o mundo e a olhar para o Reino. O Concílio Vaticano II mostrou a Igreja como um sinal ou um sacramento do mundo reconciliado. Mas isso ainda não foi conseguido. A Igreja continua a olhar demasiado para si, para as condições da sua subsistência como organização, continua a contar com as suas forças para se manter à superfície da história. Um Papa vindo dos confins pode olhar para a realidade de uma humanidade em crise e iluminá-la à luz das suas fontes, para abrir caminhos de esperança na espessura um pouco brumoso que se vive hoje. A Igreja não existe por si mas pelo Reino a que Jesus iniciou o mundo. |
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Em segundo lugar, a escolha do nome Francisco, pode levar-nos a esperar uma Igreja que abra o seu olhar para mais amplas dimensões da crise mundial. De facto, o mundo de hoje necessita de passar de uma civilização da exploração da Terra a uma civilização do cuidado pela Terra. O Poeta de Assis ensinou-nos essa lição de solidariedade de todas as criaturas e de cuidado por todos os seres. Essa transformação do olhar é urgente no nosso mundo. Estamos numa mudança epocal em que os poderes da ciência e da técnica precisam de um novo horizonte. O ser humano necessita habitar o mundo de outro modo. O Evangelho leva-nos nessa direção. A Igreja pode ser uma importante voz para inventar esse novo caminho. Em terceiro lugar, um Papa vindo dos confins do mundo, onde chegou Francisco Xavier, pode abrir a Igreja a ser anunciada da esperança e da bondade. A pastoral e a moral têm por função abrir a vida de todos à plenitude que é Cristo. A nossa moral e a nossa pastoral têm andado mais preocupadas com a conformidade |
formal da vida com normas e um pouco esquecidas de que a sua função é, antes de tudo, proclamar “a sublimidade da vocação em Cristo” (Optatam Totius, 16). Por isso, tem-se cultivado uma ideia de fidelidade baseada na conformidade com normas excludentes, mais do que uma fidelidade que abra a vida de todos os seres humanos angustiados à reconciliação e à plenitude que está em Cristo que já salvou o mundo. Enquanto pastores e fiéis compete-nos ouvir, avaliar, confirmar, “as alegrias, esperanças, lutos e angústias” (Gaudium et Spes, 1) dos nossos contemporâneos. O primeiro Papa que vem do continente americano, do hemisfério sul desperta uma nova esperança para o nosso atribulado mundo de riqueza sempre mal distribuída, de pobreza sempre persistente, de desemprego galopante, de crise da democracia. Temos boas razões para esperar muito dos próximos tempos da Igreja. |
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Política: arte de construir
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D. Manuel Linda |
Alguém definiu a política como a capacidade e a obrigação de antever e programar o futuro coletivo. Este dinamismo humano tão nobre –“forma de prestar culto ao Deus Uno”, garante a Conferência de Puebla- situa-se, então, no âmbito do exercício do senhorio do homem sobre as coisas, da humanização da sociedade e da abertura da própria pessoa a uma alteridade responsável. Porém, não é por aqui que habitualmente se move a política. Mesmo concedendo o benefício da dúvida sobre as razões que motivam os seus intervenientes mais diretos, entre nós, a política confina-se demasiadamente à intervenção partidária. E inerente a esta está a tentativa da conquista imediata do poder ou sua manutenção. Ainda que, como na velha Roma, pela oferta do “pão e circo”, sempre rentáveis para as sondagens. Despreza ou ignora, por isso, aquela visão da pessoa –individual e social- como ser não acabado, algo a completar ou desenvolver mediante a superação do reino da necessidade pelo reino da liberdade. Por isso, não obstante serem indispensáveis no sistema, não creio que os partidos, só por si, estejam em condições de realizar esta tarefa. Ela reclama o congregar de todas as forças coletivas. |
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Arquitetar o futuro exige uma visão integral da pessoa, sua origem e destino, em função da qual se tente plasmar o mundo e a sociedade. Porque se a noção de pessoa não ultrapassar o conceito de «consumidor» ou de «animal balante», para que apontar para ideais? Não chega a satisfação das necessidades e dos apetites momentâneos? As religiões, detentoras de uma visão integral da pessoa e portadoras de uma sabedoria acumulada, podem entrar aqui como em casa própria. Não para o exercício do poder, o que deve ser definitiva e liminarmente rejeitado. Mas para a proposta de sãs utopias e mobilização de forças em ordem a um |
ideal. Por exemplo, Rawls dizia que a justiça é a arte de harmonizar interesses contrapostos. Se conseguíssemos que os interesses gerais fossem cada vez menos antagónicos não ganharíamos todos? |
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O Conclave mediático |
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Luís Filipe Santos, Agência ECCLESIA |
Na última semana - algo atípica na Igreja Católica – as luzes e os focos da comunicação social estiveram todos centrados no Vaticano. Os jornalistas – cerca de seis mil acreditados – pareciam abelhas na busca do melhor pólen. Apostava-se em nomes para o sucessor de Bento XVI… Todos tinham «fontes seguras», mas no fim a expressão de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) tornou-se visual e emblemática na varanda da Basílica de São Pedro: «O que torna belo o deserto é que ele esconde um poço em algum lugar». Quando a chaminé da Capela Sistina mostrou o esperado fumo branco, eram poucos os que esperavam ouvir o nome do cardeal argentino Jorge Bergoglio para sucessor de Bento XVI e muito menos os que acertariam no nome de Francisco. Com a escolha deste cardeal de 76 anos, o eurocentrismo do catolicismo atravessou o Atlântico e ancorou no hemisfério sul. Um ato histórico… 50 anos depois do II Concílio do Vaticano e no Ano da Fé. Apetece recordar duas frases célebres do Papa emérito: «A Europa necessita de uma nova – e certamente crítica e humilde – aceitação de si mesma, se quiser sobreviver» e «A Europa desenvolveu uma cultura que, de maneira desconhecida até agora pela humanidade, exclui Deus da consciência pública». |
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Será que os gestos proféticos de Bento XVI e a escolha de um Papa argentino farão a Europa pensar sobre si e os caminhos que quer percorrer no futuro?
Recebi a notícia que a chaminé mais famosa da última semana tinha dado boas novas ao mundo quando entrava na capital portuguesa do gótico. A maioria dos bispos de Portugal estavam unidos na festa jubilar de D. Manuel Pelino. Uma festa dupla… As emoções e a ansiedade eram notórias naqueles rostos. O tempo que mediou o fumo alvo e a célebre expressão «Habemus papam» pareceu uma eternidade. Uns ouviam através da rádio e outros colaram o rosto à televisão, mas todos queriam saber quem era o sucessor de Pedro. Até a celebração eucarística que devia ter começado às 19 horas sofreu um atraso substancial… Os católicos centraram os ouvidos e os olhos na varanda petrina..A Igreja voltou ao palco mediático da comunicação social e o novo Papa – de sorriso
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largo e proximidade notória – conseguiu cativar a exigente multidão mundial. Francisco será o líder dos católicos para os próximos tempos. Um homem reformador que levará o Evangelho aos quatro cantos do mundo e consigo transportará o olhar e os gestos de São Francisco de Assis Tal como disse o escritor argentino, Jorge Luis Borges (1899-1986), de quem o novo Papa é um apreciador, «Publicamos para não passar a vida a corrigir rascunhos». A Igreja espera pelos escritos, as orientações e diretivas do Papa Francisco… Palavras que darão um ânimo dinamizador aos católicos nestes tempos contemporâneos.
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Ferrugem e osso |
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Inesperadamente, Ali, pai de um filho de quem se tem mantido distante desde que este nasceu, vê-se obrigado a assumir as suas responsabilidades paternais por inteiro. Pouco habituado a gerir a vida e espaço interior para além de si próprio, sem casa, com pouco dinheiro e poucos amigos, decide deixar a Bélgica e partir com o pequeno Sam para junto da irmã, na costa francesa. Numa das suas deambulações noturnas, conhece Stephanie, uma bela e segura tratadora de baleias que mesmo relutante aceita a possibilidade de tornarem a encontrar-se. No entanto, num dos seus espetáculos, Stephanie sofre um acidente que a deixa paraplégica, definitivamente confinada a uma cadeira de rodas. Ali, que começa a aprender com o filho a olhar além de si próprio e a enfrentar os riscos e benefícios do amor paternal, terá que se esquecer muito mais de si e aprender muito mais sobre a importância do altruísmo
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se quer que Stephanie também faça parte da sua vida... Passam três anos sobre a última vez que os cinemas portugueses receberam um filme de Jacques Audiard, ‘Um Profeta’, que explorava as frágeis condições de vida de um jovem imigrante de origem árabe a cumprir seis anos de pena numa prisão francesa. O tema, ainda centrado na figura masculina mas num registo totalmente diferente, mais melodramático, passa agora em ‘Ferrugem e Osso’ à contraposição entre o individualismo e o altruísmo, abordando os riscos e benefícios da construção de relação, seja ela paternal/filial ou amorosa. Um olhar sobre a sociedade contemporânea, focado na questão de um progenitor ausente, infelizmente não tão rara nos nossos dias e no nosso país – sabemo-lo pelo aumento do número de pedidos de apoio, diversos, ao Estado, na alimentação e proteção a menores de famílias monoparentais, por incapacidade ou |
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negligência de um dos progenitores -, mas explorado de forma otimista, na perspetiva de que nenhuma relação não cuidada gera um processo irreversível. Mesmo sem escapar aos habituais excessos dramáticos e gráficos de Audiard, ‘Ferrugem e Osso’ é uma das boas propostas de cinema desta semana, com a solidez suficiente para nos fazer pensar sobre a falsa |
liberdade que o individualismo promete, sobre a importância da dedicação aos que nos são confiados, sobre o que há de surpreendente para lá dos obstáculos e, sobretudo, nos riscos que vale a pena correr ao sairmos da nossa zona de aparente conforto para assumir a responsabilidade de nos aproximarmos do outro. Margarida Ataíde |
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Doenças raras online |
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www.rarissimas.pt/ |
Celebrou-se a 28 de fevereiro passado o dia das Doenças Raras e mais uma vez, consideramos que se justifica uma visita ao sítio da associação nacional de deficiências mentais e raras – Raríssimas. Apesar de já não ser a primeira vez que trazemos a este espaço este sítio, consideramos que existem projetos intemporais e que precisam de ser colocados na linha da frente, este claramente é um desses. Esta organização existe “para apoiar doentes, famílias, amigos de sempre e de agora que convivem de perto com as doenças raras”. Os principais objetivos passam por organizar congressos e seminários, ações de formação de voluntariado, pesquisar doenças raras, efetuar estudos epidemiológicos, dar apoio domiciliário ao portador e à família e ainda realiza parecerias internacionais. Logo na página inicial, encontramos um espaço carregado de conteúdos, onde estão presentes as notícias, os destaques e as campanhas em funcionamento, bem como, as ligações para a presença desta associação nas redes sociais (facebook, twitter, linkedin e youtube). Na opção “quem somos”, ficamos a saber que esta associação foi fundada em abril de 2002 e que atualmente em Portugal existem cerca de 800 mil portadores de doenças raras e várias centenas de doentes por diagnosticar. É ainda possível sabermos quais são a missão e os valores que estão presentes nesta organização, qual a sua história, os seus |
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projetos, os órgãos sociais e os documentos oficiais. Em conselho científico descobrimos quem são os profissionais de saúde que compõem este importante órgão desta associação. Por outro lado em conselho consultivo, podemos aceder ao curriculum de todas as personalidades que integram este órgão de reflexão estratégica. No item “faq” encontramos as perguntas mais frequentes que certamente podem ser feitas por muitos de nós. Em média, temos à nossa frente todos os registos que foram sendo notícia nos meios de comunicação, desde artigos em jornais, revistas e boletins, passando pela mostra de registos |
fotográficos de exposições, encontros e outros eventos, terminando num mural de vídeos que de alguma forma estão relacionados com a raríssimas. Por último em “publicações”, acedemos a todas as edições da revista “páginas raras” que “é uma publicação bimensal que tem como objetivo a divulgação de informação sobre doenças raras”. Portugal deve à Raríssimas o facto de hoje se falar em doenças raras, por isso memorize este endereço, pois nem todos somos iguais. Pensamos que vale mesmo a pena associarmo-nos à Raríssimas, pois ela existe na medida em que há pessoas raras, com necessidades raras. Fernando Cassola Marques |
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Papa Francisco, um fruto do
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Quando se comemora o cinquentenário do início do II Concílio do Vaticano, a Igreja tem um novo Papa, de nome Francisco. Natural da Argentina, o cardeal Jorge Bergoglio tem 76 anos e sucedeu ao Papa alemão, Bento XVI. Será esta escolha, um fruto do concílio convocado por João XXIII? Numa entrevista concedida à Revista «América» (30 de março de 1963) o cardeal Giuseppe Siri, arcebispo de Génova e presidente da Conferência Episcopal Italiana, dizia: “serão precisos cinquenta anos para que se vejam bem os resultados do concílio”. Ao fazer um balanço da primeira sessão do II Concílio do Vaticano (outubro a dezembro de 1962), o cardeal Siri realça também que certos “frutos importantes” apareceram logo na altura. “Primeiro que tudo, a Igreja vê já mais claramente o trabalho que se lhe apresenta para os próximos cem anos”. Segundo o presidente da Conferência Episcopal Italiana da altura, “foi uma decisão sábia e providencial” começar o trabalho do concílio pelo estudo do esquema sobre a liturgia. As suas palavras são elucidativas: “o culto de Deus é a nossa função primeira e fundamental, enquanto verdadeiros membros da Igreja”. Na entrevista traduzida para português (in: Lumen, dezembro de 1963, Fasc XII), o cardeal italiano e
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padre conciliar sublinha que foi igualmente “providencial” ter estudado a questão “da unidade de todos os cristãos e de todos os homens”. Ao fazer a antevisão da segunda sessão do concílio, o cardeal Giuseppe Siri salienta que era fundamental “reduzir o número dos esquemas” e apela também aos que escrevem sobre esta assembleia magna para “não se lançarem em conjecturas quanto aos seus resultados”. Em relação aos artigos, publicados em abundância na altura da realização do concílio, o arcebispo de Génova realça que existiam “muitos livros” que apresentavam as questões religiosas “completamente alheios aos sãos princípios da erudição”. O cardeal Siri – professor de teologia durante muitos anos – acrescenta que alguns autores modernos precisavam “de ser formados nos bons princípios dos estudos históricos”. Em relação à doutrina social da Igreja e aos problemas sociais que o mundo de então vivia, o padre conciliar declarou que o II Concílio do Vaticano “não tem decretos ou leis a dar sobre este assunto”, visto que ele já foi |
“profundamente tratado” nas encíclicas dos papas, desde a Rerum Novarum, de Leão XIII, à Mater et Magistra, de João XXIII. Como bispo, o entrevistado realça: “devemos insistir no estudo das encíclicas em vez de fazer uma apresentação em conjunto, deste assunto, no concílio”. No entanto – adianta o cardeal Siri – “seria muito útil que o concílio apresentasse mensagens ou declarações sobre certos problemas sociais”. “Seria útil que os padres fizessem declarações sobre a paz, sobre a guerra, sobre o interesse que devem merecer as categorias de pessoas desfavorecidas”, disse ao jornalista da revista «América». A acção caritativa “não poderá desenvolver-se convenientemente senão quando a questão dos direitos for claramente compreendida e aplicada” e conclui: “seria de utilidade, para os que têm de enfrentar certos problemas, que o concílio fizesse uma declaração sublinhando os seus direitos no que respeita a tais problemas, - o direito a um salário vital, por exemplo”. |
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março 2013 |
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Dia 15
* Fátima - Reunião da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.
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* Porto - Ermesinde - Curso para jovens sobre «A Igreja: A beleza da fé eclesial e o dinamismo da missão» promovido pelo Movimento Oásis. (15 a 17)
Dia 16
* Fátima - Peregrinação nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt.
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*Leiria - Visita às igrejas paroquiais dos Pousos, Cruz da Areia e Parceiros promovida pelo Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima.
* Lisboa - Hemeroteca Municipal de Lisboa - Encerramento da mostra bibliográfica dedicada aos 50 anos da fundação da revista «O Tempo e Modo».
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Dia 17
* Porto - Casa de Vilar - Encontro interdiocesano da zona norte da LOC/MTC.
* Lisboa - Escola Superior de Enfermagem de São Vicente Paulo - Retiro da Quaresma orientado pelo padre Manuel da Nóbrega e promovido pelo Secretariado Regional de Lisboa da CIRP.
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Ano C - 5º Domingo da Quaresma |
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Abrir o coração ao amor de Deus e ao acolhimento do próximo
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Estamos no quinto domingo da Quaresma, quase a terminar este precioso tempo de intensa renovação das nossas vidas em Cristo. Depois do apelo à misericórdia, no domingo passado, somos hoje convidados a pormo-nos de pé e a viver de maneira diferente: “vai e não tornes a pecar”. Convite permanente à conversão! No Evangelho, Jesus é posto face à Lei e face a uma mulher a qual, segundo a Lei por ter sido apanhada em flagrante delito de adultério, deveria ser delapidada. Jesus não rejeita a Lei, pede apenas aos escribas e fariseus para a colocar em prática, com a condição de começarem a ter um olhar sobre a própria vida antes de olhar a mulher e de a condenar. Acabam por se retirar, reconhecendo-se pecadores, a começar pelos mais velhos… Jesus, que não tem pecado, até podia lançar a pedra, mas não o faz. Ele veio para salvar, não para condenar. Pedindo à mulher para não voltar a pecar, dá-lhe nova oportunidade. Para Jesus, ela não é apenas uma mulher adúltera, é alguém capaz de outro sentido na vida. Oferecendo-lhe a sua graça, agraciou também os escribas e os fariseus, colocando-os no caminho da conversão, eles que tinham aberto os olhos não somente sobre a mulher, mas sobre si próprios. Este episódio do Evangelho sinaliza toda a liturgia da Palavra de hoje que nos fala, de modo sempre novo, de um Deus que ama e cujo amor nos desafia a ultrapassar as nossas escravidões para chegar à vida nova, à ressurreição. |
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A primeira leitura de Isaías diz-nos que Ele acompanha com solicitude e amor a caminhada do seu Povo para a liberdade, o mesmo caminho que somos chamados a percorrer hoje. Na segunda leitura, Paulo desafia-nos a libertarmo-nos do lixo que impede a descoberta do fundamental: a comunhão e a identificação com Cristo, princípio da nossa ressurreição. Mais uns dias em Quaresma, até ao próximo domingo de Ramos. Ao longo desta semana, a convite de Jesus, olhemos a nossa situação de pecado e abramos o coração ao amor de Deus e ao acolhimento do próximo. |
Como Igreja que somos, procuremos fazer das nossas comunidades cristãs espaços abertos e acolhedores daqueles que habitualmente são excluídos e considerados lixo. Aos olhos de Deus, todos valem, ninguém fica de fora. Que este momento, em que a Igreja recebe a eleição de um novo Papa, intitulado Francisco, seja autêntica decisão por uma Igreja mais unida no amor e na misericórdia, no diálogo e na reconciliação.
Manuel Barbosa, scj www.dehonianos.org |
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Programação religiosa nos media |
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Antena 1, 8h00 RTP1, 10h00 Transmissão da missa dominical
11h00 - Transmissão da missa da dominical
12h15 - 8º Dia
Domingo: 10h00 - O Dia do Senhor; 11h00 - Eucaristia; 23h30 - Ventos e Marés; segunda a sexta-feira: 6h57 - Sementes de reflexão; 7h55 - Oração da Manhã; 12h00 - Angelus; 18h30 - Terço; 23h57-Meditando; sábado: 23h30 - Terra Prometida. |
RTP2, 11h30
RTP2, 18h00
Terça-feira, dia 19 - Inicio do Pontificado do Papa Francisco;
Quarta-feira, dia 20 - Informação e rubrica sobre Doutrina Social da Igreja;
Quinta-feira, dia 21 - Informação e rubrica sobre "O Passado do Presente", com D. Manuel Clemente
Sexta-feira, dia 22 - Apresentação da liturgia por D. António Couto
Antena 1 Domingo, dia 17, 06h00 - A figura do Papa ao longo da História
Segunda a sexta-feira, dia 18 a 22 de março, 22h45 - Histórias de anúncio e celebração de fé em diferentes contextos: prisões; missão na República Centro Africana; entre pessoas portadoras de deficiência; entre recasados; em espaços sindicais. |
SoundCloud.com |
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No nº 6 de 07 de fevereiro de 2013 propusemos o bible.is, em português. Hoje propomos o SoundCloud.com. O SoundCloud é uma plataforma online de publicação de áudio. Nesta plataforma qualquer pessoa pode criar e partilhar os seus ficheiros de áudio. Gravar e fazer upload de sons para o Soundcloud permite que as pessoas partilhem facilmente quer nas redes sociais, blogues, sites, etc. Podemos dizer que é uma aplicação em que podemos colaborar, partilhar, promover e distribuir as nossas criações áudio. Como rede social que é temos a opção de selecionar e seguir canais do nosso interesse, marcar pistas como favoritas, descarregar a maior parte dos arquivos, recomendar a outras pessoas. Esta aplicação pode ser descarregada para dispositivos com IOS e Android. |
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Qual a utilidade pastoral? É uma aplicação ideal para realizar coleções de podcasts, canções, homilias, palestras e conferencias organizadas nas nossas paróquias e disponibilizar a todo o mundo digital que queira ouvir.
Pré-requisitos? Quase nenhuns! Basta ter um smartphone e gravar! Poderão sempre gravar na aparelhagem da igreja e depois fazer o upload do mp3! A qualidade do som será muito melhor. É possível testar esta aplicação: para tal basta visitar o canal do Padre João Seabra, https://soundcloud.com/encarnacao.
Links
Bento Oliveira @iMissio |
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Nigéria: A história das Irmãs
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A sede da congregação não se distingue de uma casa vulgar. Lá dentro vivem apenas mulheres. São poucas, apenas quase meia-dúzia. Pertencem à Ordem das Irmãs de Nossa Senhora de Fátima. No Norte da Nigéria, onde os cristãos são brutalmente perseguidos, estas mulheres contrariam o medo com a força dos seus sorrisos, com o poder da ternura. A aldeia é pobre como todas as aldeias na Nigéria, como quase todas as aldeias em África. Todos os dias, de manhã, as irmãs reúnem-se na sala maior da casa e partilham um momento de oração. Muitas vezes, algumas das mulheres da aldeia juntam-se a elas e rezem em conjunto, repetindo palavras, cânticos. Partilhando a mesma graça a Deus. Depois, as irmãs deixam a casa, normalmente rumo às aldeias em |
redor, palmilhando caminhos áridos que se tornam insuportáveis quando o sol se ergue, poderoso, e não há
sombra possível que alivie o calor. No Norte da Nigéria a água é o bem mais escasso. A que existe, que brota de nascentes, que é recolhida em poços ou que corre nos rios é, geralmente, imprópria para consumo. Esta água impura é fonte de cerca de 75 % das doenças que afligem as populações locais. |
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é quase um milagre. Mas não é tudo. Como a base da economia local é a agricultura, é preciso fertilizar os campos. Mas como? Aproveitando a decomposição da matéria orgânica, as irmãs produzem biogás que se transforma em combustível, que serve como energia nas cozinhas, que auxilia na irrigação dos campos e, principalmente, na fertilização das terras. Combater o medo com sorrisos Ali, no Norte da Nigéria, os cristãos são uma ínfima minoria e é raro o dia em que não há a história de um |
atentado, de violência gratuita. Grupos radicais espalham o terror, procuram impor a “sharia”, a lei islâmica. Ninguém está a salvo. Os cristãos são, muitas vezes, o alvo preferido destes ataques, mas as irmãs, que se vestem de branco ou de azul e que se identificam com uma cruz que usam ao pescoço, não têm medo. Contra elas, as balas dos terroristas são ineficazes. Ao medo, respondem com sorrisos. A paz é a última aventura deste punhado de mulheres consagradas a Deus por inspiração da Virgem de Fátima. Saiba mais em www.fundacao-ais.pt |
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- Vai acontecer o conselho geral da Cáritas Portuguesa, de 15 a 17 de março, em Bragança, para uma atualização da leitura da realidade socioeconómica do país e uma reflexão sobre «Cidadania à luz do Concílio Vaticano II».
- Este sábado a “Missão País” celebra 10 anos de experiências de missão e vontade de mudar Portugal através da evangelização. A celebração será em tom de agradecimento numa missa no Mosteiro dos Jerónimos, pelas 16h, seguida de um Teatro da Missão País e de apresentação dos 10 anos na tenda do CCB.
- No domingo, dia 17 de março, o recém eleito Papa Francisco vai recitar o primeiro Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano. Será um momento esperado por muitos peregrinos, marcado para o meio-dia.
- A Missa de início de pontificado de Francisco está marcada para o dia 19 de março, solenidade litúrgica de São José, dia dedicado a todos os pais.
- Entre os dias 20 e24 de março Roma acolhe o primeiro encontro internacional de jovens católicos para a Justiça Social sobre «Renovar a sociedade através do Evangelho» . |
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“Todas as minhas recordações são ação de graças”, dizia Santo Agostinho. Ao celebrar os vinte e cinco anos de ministério episcopal invadem-me também sentimentos de louvor e ação de graças.
(…) Dou também graças a Deus pela presença fraterna de tantos amigos e irmãos na fé e a todos saúdo cordialmente. Ao Senhor Núncio Apostólico a quem manifesto sentimentos de comunhão com o novo Papa que Deus mesmo agora nos enviou, o Papa Francisco, a continuar o admirável Pontificado de Bento XVI; aos senhores arcebispos e bispos, irmãos do mesmo colégio episcopal onde sempre encontrei compreensão, paciência e fraternidade. Aos presbíteros pelo zelo e colaboração na |
mesma missão apostólica, pela estima e amizade. Aos diáconos; aos religiosos (as); aos seminaristas; aos leigos; a tantos colaboradores em quem tenho encontrado e admirado a entrega generosa e confiante ao serviço do evangelho. Como um corpo unido e bem articulado crescemos com a participação ativa de todos os membros, aprendemos uns com os outros, apoiamo-nos na fé, na esperança e na caridade. Dou graças ao Senhor por tantos dons e peço perdão pelos impedimentos que posso ter colocado à Sua vontade.
Homilia de D. Manuel Pelino na celebração do jubileu episcopal
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“A verdade é que, quando se sai às ruas, como fazem todos os homens e mulheres, acontecem acidentes. No entanto, se a Igreja se fechar em si mesma, torna-se ultrapassada. Entre uma Igreja que sofre acidentes lá fora e outra adoecida pela autorreferência, não tenho dúvidas em preferir a primeira”. (Cardeal Bergoglio –agora Papa Francisco))
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